O serviço voluntário, já de grande importância, tornou-se imprescindível na pandemia. Contudo, dar continuidade a essas ações também tem sido algo desafiador, pois o altruísta teve de migrar para o on-line, apesar de muitas demandas das ONGs (organizações não governamentais) serem presenciais, como o apoio às crianças, aos idosos e às famílias.
A atividade tem diversos benefícios
A captação de recursos foi outro setor impactado negativamente pela Covid-19, pois os eventos presenciais, os quais mobilizam muita gente, também foram interrompidos. “As entidades precisaram criar mecanismos de engajamento digital, como corridas e visitas virtuais, deliverys, entre outros”, explica o administrador e conselheiro do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), João Paulo Vergueiro.
Acompanhando o crescimento no número de necessitados, estudos apontam um aumento significativo de pessoas dispostas a ajudar. Segundo a pesquisa do World Giving Index 2021 (WGI), feita pela Charities Aid Foundation (CAF), o Brasil subiu 14 posições, em relação aos dados de 2018, no Ranking Global de Solidariedade em 2020. Ficando em 54º lugar em uma lista de 114 nações.
Assim, o “volunturismo” já conta com mais de 10 milhões de adeptos em todo o mundo, de acordo com o levantamento da Edelman Brasil com o Panrotas. Isso é ótimo, pois existem vários benefícios na prática. “Individualmente, nos sentimos mais realizados ao impactar positivamente o destino dos seres humanos, além de, muitas vezes, até aprendermos um pouco mais. Para a ONG, contribuímos para transformar ainda mais a vida dos outros”, analisa Vergueiro.
Além disso, esse movimento faz muito bem para a saúde mental e física. “É comprovado: esse tipo de experiência reduz níveis de estresse e depressão, melhora a imunidade, a qualidade do sono e estimula a criatividade”, salienta a gerente sênior de conservação da natureza da Fundação Grupo Boticário, Leide Takahashi, também parte da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e voluntária da Comissão Mundial de Áreas Protegidas da IUCN.
De dentro para fora
Nesse sentido, o alcance das empresas nesse tipo de atividade é muito maior em relação ao individual. Elas beneficiam o ambiente no qual as companhias estão inseridas, as comunidades ao redor, os colaboradores e a própria cultura, cooperando para o desenvolvimento da sociedade.
Assim, com esse tipo de política interna, as equipes passam a se espelhar nas corporações.
“Por meio do voluntariado, os profissionais são encorajados a se comprometer com iniciativas para ajudar a solucionar problemas importantes do coletivo. Isso estimula o senso de responsabilidade, atuação conjunta e permite um maior engajamento. Assim, desenvolve um sentido de propósito nos times e um sentimento de autorrealização para quem participa” destaca o diretor de gente e gestão da Copersucar, Matheus Cotta de Carvalho.
A especialista em jurídico e funcionária da Copersucar, Mariana Grota (36), fez parte da campanha. Ela cresceu em contato constante com ações sociais, incentivadas em casa e praticadas por ela e sua irmã desde criança. “Todo mundo é igual, mas as pessoas têm oportunidades diferentes. O resultado disso podemos doar. Meu conhecimento, posso ensinar. Só precisamos incentivar para agregar mais gente e marcas”, diz Mariana.
Você também quer entrar para o voluntariado, mas não sabe por onde começar? A plataforma Atados conecta gratuitamente as ONGs com quem quer se dispor. “Ademais, não deixe de pesquisar a entidade de interesse. Veja se ela tem relatório de atividades no seu site, se divulga o nome dos líderes e se é transparente”, conclui o conselheiro do CRA-SP. Ou então, que tal levar a ideia até o seu gestor? Pode ser um start para você e para a corporação.
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