Uma das fortes tendências no mercado de trabalho é o Phygital, junção de physical (físico) e digital. Você sabia? O conceito é a intersecção entre os dois meios nos diferentes âmbitos da vida. Pensando nisso, você já imaginou os novos hábitos, tendências e os impactos causados pela pandemia no universo corporativo para as pessoas com mais de 50 anos?
Os mais experientes se sentem capacitados
Diante dessas grandes transformações, a Maturi, em parceria com a NOZ Pesquisa e Inteligência, fizeram uma pesquisa para compreender o cenário. Assim, 82% dos entrevistados afirmam estar preparados para jornada flexível e com maior autonomia. Já 78% estão prontos para o home office ou modelo híbrido e 69% capacitados para o uso profissional de redes sociais.
Por outro lado, 49% disseram estar pouco habilitados para o uso de ferramentas de colaboração on-line e 59% quase nada instruídos para utilizar tecnologia e aplicativos de gestão. “Apesar desse sentimento, mostramos diariamente para as empresas o quanto o acompanhamento do emprego desses recursos está muito mais atrelado ao comportamento dos indivíduos ao invés da idade”, avalia o CEO e fundador da Maturi, Mórris Litvak.
A situação também trouxe uma corrida pelo aperfeiçoamento, 80% dos participantes já fizeram cursos on-line. Bem como entre as maiores adversidades estão o preconceito etário (mencionado por 64% deles) e a difícil vida financeira (63%). “Inovações e transições econômicas, sociais e tecnológicas foram abreviadas pela crise sanitária. O alto percentual desse público mais experiente adquirindo saberes e a consciência sobre as dificuldades impostas pelo momento, deixam claros como a aceleração de tendências foi bem entendida pelos 50+”, afirma a fundadora da NOZ, Juliana Vanin.
Promova a igualdade
Felizmente, a diversidade tem cada vez mais se tornado presente na vida de todos. O respeito às pessoas, independentemente de raças, etnias, crenças, orientações sexuais, idades, gêneros, regiões e culturas é fundamental tanto na vida pessoal quanto profissional. Inclusive as companhias têm colaborado com essa responsabilidade, além de equilibrar a representatividade de grupos minorizados.
Contudo, muitas vezes, o ageismo - aversão, visão negativa e preconceito direcionado a pessoas mais velhas - ainda faz parte das culturas internas. “Discordo dessa visão de forma generalizada. Ser um líder leva tempo. Pessoas seniores fazem toda a diferença, ajudando a criar um olhar positivo sobre longevidade nos tempos atuais”, diz o chief marketing officer (CMO), Marcelo Trevisani.
De acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro, atualmente, gira em torno de 76,3 anos. Todavia, segundo pesquisa do mesmo órgão, existe uma projeção para 2043, de um quarto da população brasileira ter mais de 60 anos, enquanto a proporção de jovens até 14 anos será de apenas 16,3%.
Então, já passou da hora combater o ageismo, pois na realidade brasileira quem tem direito a se aposentar prefere, muitas vezes, continuar ativo. “Embora muitas entidades já lutem contra isso, diante de um caminho tortuoso, são os líderes quem devem agir para mudar esse ciclo vicioso e mostrar: a experiência e habilidades são aliadas”, complementa Trevisani.
Portanto, é necessário incentivar os mais treinados a compartilharem seus conhecimentos, pois têm muito a contribuir. “Logo, é vital incentivar o diálogo entre gerações. Estimular a troca de conhecimento entre setores e oferecer, inclusive, capacitações para todos os colaboradores equilibrarem seus conhecimentos e não se sentirem menos aptos em relação aos mais jovens”, finaliza o CMO.
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