Mesmo com uma jornada tripla, envolvendo atividades domésticas, profissionais e cuidados na educação dos filhos, muitas mulheres superaram o desafio do home office e, ainda, alcançaram maior produtividade durante a modalidade. Isso prova uma coisa: carreira de sucesso e maternidade não são rivais!
As mulheres se jogam mesmo com os riscos
Ontem comemoramos o segundo dia das mães remotamente. Uma data de grande celebração e luta, pois a maternidade é um momento de realização para muitas moças. Contudo, algumas adiam esse sonho com receio de prejudicar a carreira profissional. Afinal, conciliar a maternidade com o mercado de trabalho nunca foi uma tarefa fácil e também não muito bem vista no passado.
Todavia, é uma “missão” possível, só é preciso gerenciar bem o tempo. Para a mãe de um menino de quatro anos e assessora de investimentos da BlueTrade, Márcia Lira, os primeiros dias de atuação a distância não foram fáceis. “Foi desesperador, enquanto a bolsa de valores despencava o trabalho da casa se multiplicava, assim como o contato dos clientes preocupados com seus investimentos”, revela.
Depois da aflição mudou a forma de encarar o serviço. Se planejou para estar alguns períodos determinados mais presente na vida do filho e em outros focar em melhorar seu desempenho laboral. Ela conseguiu! No primeiro semestre de 2020, em pleno primeiro pico da pandemia, conseguiu dobrar o tamanho de sua carteira e realizar seu sonho, se tornar sócia da empresa onde trabalha.
Para a empresária e estilista, Anne Garcia, mãe de dois filhos, de 18 e três anos, organizar e planejar a rotina diária é essencial. “Eu sempre procurei muita flexibilidade nos meus horários e viagens. Busco dar prioridade a minha família, sem deixar de lado o trabalho e isso foi se adaptando e moldando de uma forma natural”, explica.
O potencial delas vai muito além da cozinha
Essas duas mamães mostraram ser possível. Contudo, esse assunto ainda enfrenta muitas barreiras. Veja só: segundo a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 48% do público feminino ainda é demitido após o retorno da licença maternidade com desligamento sem justa causa. No entanto, os efeitos podem depender do nível educacional da mãe, pois aquelas com maior escolaridade apresentam queda de emprego de 35%, um ano após o início da licença. Enquanto a perda é de 51% para aquelas com grau mais baixo.
Um ponto importante a ser observado é por parte das organizações, com ações e diretrizes a fim de incentivar e dar apoio a elas no crescimento profissional. A diversidade tem de fazer parte do negócio de toda companhia. Pensando nisso, uma medida importante é permear e equilibrar as práticas e contratações, bem como, estimular o crescimento delas em cargos de liderança.
Além do mais, de acordo com a pesquisa realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas, os negócios comandados por elas demonstram maior agilidade e competência ao implementar inovações. Isso pode ser explicado, em grande parte, graças ao nível de escolaridade das líderes.
Portanto, muitas companhias estão perdendo tempo e dinheiro por estarem presas a pensamentos retrógrados. Segundo o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da ONU - realizado em 70 países - a presença feminina em direções é um dos fatores mais contribuintes para o maior desempenho e lucratividade. Isso porque, elas são mais empáticas e flexíveis, bem como, mais persuasivas e dispostas a assumir riscos.
Logo, a força delas é sinônimo de aumento do potencial criativo, empático e inovador. Além de quebrar barreiras históricas, novas fronteiras também estão sendo superadas. Isso é resultante da ampla visão de diversidade, compreensão da pluralidade e inclusão levada por elas.
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