Nos últimos meses presenciamos uma onda de protestos anti-racistas em várias partes do mundo. Afinal, esse fato ainda impacta os serviços sociais, educação e o mercado de trabalho, por exemplo. Por isso, a desigualdade racial deve ser pauta constante nas empresas, na mídia e nas rodas de conversa se quisermos finalmente vencer o preconceito.
Cenário global
O estudo realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, avalia o impacto da raça, etnia e nacionalidade no acesso a oportunidades em diversos setores. No Brasil, os resultados são preocupantes: no quesito empregabilidade, 71% dos ouvidos no país percebem a influência da cor da pele e origem de uma pessoa na obtenção de trabalho. Para 41% deles, interfere muito e para 30%, intervém de alguma forma. Considerando todos os entrevistados, a média global é de 65%.
Por outro lado, de acordo com 69% dos participantes, as chances para a educação também são impactadas por essas frentes. Desses, 36% acreditam afetar bastante e 33%, de alguma maneira. A média global, nesse caso, é de 60%. Somando as respostas, o Brasil ficou em terceiro lugar. Em primeiro, mais uma vez, ficou a África do Sul (76%) e, em segundo, a Índia (72%).
Essa interferência nos serviços sociais também é percebida mais fortemente no nosso país em relação ao resto do mundo. Logo, 68% dos participantes afirmam isso. Globalmente, o percentual é de 59%.
Influência na retenção de talentos
Nesse sentido, para 92% dos trabalhadores a Diversidade e Inclusão (D&I) são características importantes nas entidades. Conforme a pesquisa “Diversity & Inclusion in the Global Workplace” (em português, Diversidade & Inclusão no Ambiente de Trabalho Global), conduzida pela Lenovo e pela Intel. Assim, 88% dos pesquisados levam em conta políticas do tema, nas corporações, quando procuram por uma vaga.
Então, assim como em toda a sociedade, a multiplicidade no espaço laboral é um grande desafio. “A nova força laboral está acostumada com esse debate desde cedo e se preocupa com locais inclusivos. Ou seja, os seres humanos devem ser o centro das organizações e o estímulo à D&I não pode ficar só no discurso. É necessário tomar medidas para esses ideais estarem, de fato, presentes no dia a dia da companhia”, avalia a diretora de RH da Lenovo, Andrea Barral.
Todavia, esse pilar ainda enfrenta grande resistência pelas instituições, dificultando a mudança no cenário da desigualdade. “Muitas vezes a pessoa tem competência, mas as desculpas estão relacionadas à forma como a vestimenta ou até o tipo de cabelo por estarem em ‘desacordo’ com a entidade. Por isso, precisamos desconstruir, urgentemente, esses preconceitos e estereótipos”, complementa a CEO da CKZ Diversidade, Cristina Kerr.
Outro impasse é o viés de inconsciente de afinidade, o qual demonstra a tendência de aproximação de sujeitos semelhantes. Esse também é um fator propulsor de homens brancos, a maioria nos cargos de liderança, a contratarem e promoverem somente outros iguais.
Empresas: é preciso agir!
Portanto, a adaptação aos novos contextos é fundamental para manter uma marca admirada. Por isso, acabar com as discriminações é uma necessidade humanitária. Independentemente do ambiente, setor, ocupação e etc. Afinal, somos todos seres humanos.
O Nube valoriza a diversidade! Por isso, fomos convidados pelo MPT - Ministério Público do Trabalho a fazer parte do pacto social para melhorar a inclusão de jovens universitários negras e negros no mercado. Isso é o mínimo a ser feito!
Então, quebre barreiras e desenvolva sua mente. Para isso, acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Assim, você se mantém atualizado e ainda se destaca no universo corporativo.
Quantos negros na sua empresa estão em posição de liderança?