O mundo corporativo passou por diversas mudanças e a principal delas, no último ano, foi a ascensão do trabalho remoto, o qual se tornou comum no mercado. Além disso, o salário e uma possível estabilidade não servem mais como os principais ganchos para recrutar novos funcionários.
Em um cenário de intensa competitividade e grande especialização, as companhias precisam se tornar mais atrativas. Além de contratar melhor, é necessário traçar estratégias para evitar a saída de talentos. Afinal, o turnover custa caro para as corporações.
Na opinião de Fernanda Vieira, coordenadora de RH, a companhia deve efetuar certas tarefas para motivar os times. “É primordial ter um setor de Pessoas estruturado para fazer as análises e tomar as devidas providências. Algumas dicas são o desenvolvimento de uma pesquisa de clima, avaliação do desempenho dos times e gestores, elaboração de plano de carreira, estabelecimento de programa de formação continuada e processo seletivo interno para novas vagas”, explica.
Tendência além do home office
Nesse cenário, uma tendência é a adoção de incentivos flexíveis, ou seja, com liberdade para os empregados gastarem como quiserem. Se o empreendimento oferece um auxílio-creche e um membro do quadro não tem filhos, por exemplo, ele não consegue usufruir do recurso. Com a versatilidade, todo dinheiro é depositado em uma conta única, permitindo à pessoa usar de acordo com seu perfil e objetivos
Para Ronn Gabay, especialista em benefícios na Bematize, a preocupação em desenvolver práticas capazes de contribuir para a saúde e bem-estar do colaborador, também é uma tendência para 2021. Vai muito além do home office, pois tem se mostrado fator motivacional e de retenção de talentos nas organizações.
“A crise sanitária deixou bem claro para os empresários e para os funcionários: o fator psicológico, o bem-estar e outros relacionados à saúde, influenciam demais na produtividade das equipes e na retenção de talentos. Diante disso, ações voltadas para esses fatores serão tendências no mercado de trabalho em 2021 e vão muito além do trabalho a distância. O trabalhador se preocupa com isso, quer ser notado e ter tal preocupação correspondida pelas empresas” explica Gaby.
Segundo o especialista, ergonomia para o home office, suporte psicológico e reestruturação do pacote de benefícios, são alguns exemplos de ações já sendo colocadas em prática pelas corporações, as quais visam estabelecer novas prioridades no mundo corporativo este ano.
“Muitas companhias já estão seguindo esse modelo, o qual inclui apoio ergonômico no trabalho híbrido e remoto, além da disponibilização de profissionais de psicologia para suporte às equipes. Também devemos considerar uma possível reestruturação no pacote de benefícios, visando seu melhor aproveitamento como plano de saúde, odontológico e seguro de vida. Essas ações estabelecem novas prioridades para o trabalho, fruto dos impactos causados pela crise”, comenta o especialista.
A vez dos benefícios flexíveis
A Bematize, atuando há mais de oito anos com benefícios flexíveis, tem notado um crescimento na modalidade por conta da Covid-19. “Na pandemia, conseguimos um aumento de 50% em novas empresas adeptas a benefícios flexíveis em nossa carteira de clientes. É uma alternativa para driblar a crise. Deixar o poder de escolha nas mãos do colaborador retém talentos nas organizações e facilita o trabalho do RH, o qual, agora, além de benefícios, precisa se organizar por causa das mudanças no mercado”, finaliza Gabay.
Como você incentiva seu time?