Os números não mentem. Segundo pesquisa da FecomercioSP, o comércio registra um dos maiores turnovers do Brasil e esse, por sua vez, é um dos maiores do mundo. O problema atinge mais de 80% das empresas nacionais e, de acordo com dados da Robert Half, aumentou nos últimos anos cerca de 38% nas companhias ao redor do mundo. Então, como resolver um problema em ascensão e prejudicial tanto para trabalhadores, quanto para as organizações?
O segredo está nas pessoas!
Essa rotatividade é um dos maiores vilões dos departamentos de Recursos Humanos (RH) e financeiro de uma instituição. Por isso, combatê-la é um dos grandes desafios para a construção do rendimento no Brasil. Isso porque conquistar e manter a satisfação dos colaboradores é um processo lento e gradual. Além disso, ele deve ser um desejo comum de todas as lideranças e fazer parte do DNA da marca.
Para o diretor de capacitação na Great Place to Work Brasil, Cauê Oliveira, o segredo está no ser humano. “Ele é recíproco por natureza. Nas Melhores Empresas para Trabalhar o pensamento é de valorizar genuinamente as pessoas e essas, por sua vez, oferecerão o seu melhor. Dessa forma, podemos ter o maior engajamento possível e os resultados de longo prazo vem a reboque”, explica.
A remuneração não é a única forma de satisfazer o funcionário. Segundo dados do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), divulgados este ano, 40% dos entrevistados com nível superior atualmente empregados acreditam merecer ganhar mais. Ou seja, esse retorno financeiro é importante, mas ele, por si só, não é suficiente.
Outro ponto e, ainda, sem custo é o reconhecimento. Um “parabéns”' na hora certa pode ser o fator de motivação do indivíduo. Por isso, é essencial não deixar essa valorização apenas para as reuniões mensais ou momentos específicos. Afinal, o elogio é um dos mais importantes combustíveis aos seres humanos. “As pessoas têm muito esforço e dedicação e na maioria das vezes não são valorizadas. Contudo, isso não se deve só ao fator financeiro, mas ao dia a dia, pois o indivíduo precisa crer na sua importância para a organização”, analisa o diretor de inovação na ABRH e especialista em transformação de lideranças e networking, Geraldo Martins, de Ribeirão Preto.
A saúde mental faz parte do diferencial
Muita gente está em pânico por conta do coronavírus e a proporção causada pelo avanço da doença no Brasil. Por isso, um olhar especial para o bem-estar intelectual é um fator relevante para evitar o turnover. “Eu vi um grande protagonismo da minha companhia em colocar a saúde da equipe em primeiro lugar. Isso me fez sentir segura, valorizada e cuidada”, comenta a administradora e gerente comercial no Férias & Co, Ana Carolina Cavalheiro.
Além disso, conforme a publicação científica "The Lancet Psychiatry", a cada um dólar investido em programas de vitalidade psíquica, o retorno é de quatro dólares, na capacitação e desempenho dos trabalhadores. Também, segundo outra pesquisa, feita pela Mercer Marsh Benefícios em 2016, 34% das organizações já investem nesse aspecto. Em 2017, esse número cresceu para 41%. Dadas as circunstâncias, a tendência é aumentar mais.
Portanto, valorize seus profissionais e brilhe no mercado. Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de grandes especialistas. Assista também a matéria do programa “Conexão Ilimitada”, da TV Nube: saúde mental no pós pandemia. Vamos enfrentar juntos esse novo desafio. Conte com o Nube!
Como sua empresa investe nos colaboradores?