A boa comunicação dos líderes é um dos principais obstáculos das empresas. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial - Aberje, essa dificuldade foi identificada por 64% das organizações em 2024. Esses números demonstram o tamanho do desafio em um ambiente corporativo saturado de informações.
Como ser compreendido pela equipe?
Segundo a jornalista, Giovana Pedroso, o primeiro passo é entender o tema a fundo. "É essencial ultrapassar as conversas superficiais. Muitas vezes, o problema está no contexto, expresso por sinais não verbais. Por exemplo, se um colaborador começa a chegar atrasado, pode estar enfrentando dificuldades pessoais mais sérias. A linguagem corporal revela muitas coisas".
Para compreender essas sutilezas, a confiança e o respeito são fundamentais. "Essas questões não vêm apenas da autoridade hierárquica. Elas são construídas diariamente por meio de interações genuínas, diálogos abertos e pequenos gestos de interesse e preocupação real", observa a especialista.
Para Giovana, as relações profissionais saudáveis podem reduzir a rotatividade de pessoal e estimular a inovação. Com isso em mente, algumas orientações práticas podem ajudar os gestores a se comunicarem de forma mais eficaz:
Definição de objetivos para reuniões: tenha clareza sobre a finalidade de cada reunião e instrua sua equipe a fazer o mesmo. Quanto mais específico o objetivo, maior a produtividade.
Fatos sobre opiniões: baseie as decisões em fatos concretos, evitando vieses pessoais que possam distorcer a percepção da realidade.
Feedback direto e ágil: ao fornecer feedback, concentre-se na situação e não em aspectos pessoais, sendo objetivo e rápido na entrega das observações.
Estimular a participação da equipe: incentive o compartilhamento de ideias, mas evite dar destaque à autoria. O foco deve ser no pensamento em si e não em quem o sugeriu.
Contar com o engajamento da equipe é fundamental para o sucesso
Uma situação bastante comum nas organizações é a falta de alinhamento entre as preferências da equipe e as ações corporativas. O primeiro sinal desse desalinhamento é o desinteresse dos colaboradores. Diante desse cenário, um estudo inédito da HR Tech Dialog mostrou uma correlação clara: um aumento de 10% no tempo de engajamento do time pode reduzir o turnover em até 5,72%.
Isso ocorre quando os membros de uma empresa não enxergam mais relevância nos assuntos internos. Segundo a consultoria Robert Half, uma demissão pode gerar um custo equivalente a até oito vezes o salário do indivíduo, considerando rescisão, impacto operacional e a contratação de novos talentos.
De acordo com o relatório "State of the Global Workplace" da Gallup, 69% dos brasileiros não estavam engajados em seus empregos em 2024. “A comunicação inteligente é essencial nesse sentido, promovendo uma participação mais ativa”, destaca o CEO da Dialog, Hugo Godinho. Ele reforça como uma abordagem integrada permite identificar e corrigir o desalinhamento estratégico.
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