A diversidade nas organizações tem sido uma preocupação constante da gestão das empresas comprometidas com o desenvolvimento de seus talentos, mercados e posturas perante à sociedade. Isso porque uma equipe com características distintas é capaz de promover a inovação, aumentar a produtividade e transformar o cenário socioeconomico. Saiba mais sobre qual a importância desse assunto lendo essa matéria!
Marcelo Arone, headhunter, recrutador e especialista em recolocação profissional explica: “a experiência precisa vir junto do quociente humano na hora de contratar. Grupos compostos por pessoas muito iguais, ou ainda, bem parecidas com seu líder, tendem a traçar estratégias sempre similares. Em 2021, vamos precisar de diversidade e inclusão", completa.
Para ele, o gestor de destaque nessa transição do período de pandemia é quem aprendeu a descentralizar, exatamente com o inesperado do isolamento social: “o líder, vai ser quem consegue reunir o time com educação, base familiar, formação e estilos completamente diferentes, mas alinhados, com o mesmo propósito e unindo forças em uma única direção”, afirma o especialista.
Segundo Arone, temos uma tendência a procurar por iguais e por padrões pré-estabelecidos: “o mercado sempre funcionou em uma lógica mais ou menos parecida, profissionais sendo convocados pelos seus currículos, ótima formação e geralmente das mesmas instituições. No entanto, tendem a trabalhar dentro de uma sinergia e acabam não se mostrando tão eficientes em uma situação inusitada”, destaca.
Para o especialista, a diversidade nas empresas deve ser uma das metas para o próximo ano: “garantir talentos ímpares, inteligências diversificadas, e, por isso mesmo, ideias inovadoras pode ser a chave para virar o jogo. Isso sem falar na inclusão de uma maneira geral, precisamos olhar mais para indivíduos, de uma maneira geral”, explica.
Arone enfatiza as posturas e características do chefe do futuro: “é agregador e a pandemia veio escancarar essa realidade. É inclusivo, deve observar mais as experiências e as ideias, não apenas seus currículos e formação. Quem contrata sujeitos completamente diversos faz a engrenagem se complementar”, finaliza.
Diversidade e inclusão na prática
Segundo dados do IBGE, em 2020, o Brasil eliminou mais de 23 mil empregos formais para deficientes e a geração de empregos de PcDs (pessoas com deficiência) foi negativo em todos os meses no ano. Além disso, apenas 441 mil neste perfil estão contratadas hoje, ou seja, menos de 1% do total de vagas no país são ocupadas por PCDs.
De acordo com Celson Hupfer, doutor em psicologia social, entre os setores/cargos com mais oportunidades estão atendimento ao cliente, marketing, comercial, logística, tecnologia, indústria, banco de talentos, assistente, expert, consultor. “Além disso, conforme pesquisa realizada pela Talenses Group, quase sete em dez instituições brasileiras possuem alguma política de admissão de quem possui algum tipo de deficiência. Nas companhias, 84% afirmaram ter essa mão de obra em cargos de assistentes e 63% em postos de analistas. 37% em cargos de coordenação e apenas 5% em cargos de diretores”, destaca.
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