A pandemia do novo coronavírus trouxe à tona a discussão sobre o desenvolvimento das relações humanizadas dentro do ambiente de trabalho. O olhar automatizado, apesar de já ultrapassado pela nova geração, ainda é muito utilizado para ajudar na gestão das corporações, mas o momento atual pede por um novo sistema.
Organismo vivo
Para a Tribo Global, consultoria especializada em humanizar hábitos e engajar equipes em torno de propósitos únicos, as corporações precisam se enxergar como um organismo vivo. Além disso, ter a noção: seus comportamentos e hábitos afetam diretamente na entrega de resultados dos seus trabalhadores.
“Hoje, quando pensamos em diversidade e inclusão, precisamos também estar atentos a como a cultura das empresas estão preparadas e lidam com os seus colaboradores neste quesito. Pensamos muito em entrega de resultados e propósito, mas como um funcionário vai se integrar ao propósito da corporação se o propósito dele é outro. É preciso ativar os líderes das organizações para entenderem isso e, assim, aplicar essa mudança na equipe”, comenta a CEO da Tribo Global, Stephanie Crispino.
Organizações conscientes sabem o quanto é importante sua contribuição para a sociedade. Vão muito além de apenas se preocupar com a geração de lucro. A ideia de uma Nova Economia é um modelo o qual reestrutura a forma como as empresas devem impactar, por meio de suas ações, todos os stakeholders: empregados, clientes, fornecedores, parceiros e a comunidade como um todo.
Para entender e colocar em prática o olhar humanizado, veja abaixo algumas dicas de ações para evoluir culturalmente a sua companhia:
1 - Envolva os contratados no processo
Humanizar os costumes das organizações não segue uma receita de bolo, cada liderança precisa entender o seu papel e, em alguns casos, até questionar como está exercendo a sua função na instituição. Estes passos incluem buscar por cases de sucesso na área, fazer um planejamento e principalmente envolver os profissionais nesse processo.
As corporações contam com os apoios das equipes para fazer a roda girar, então é justo incluir esses agentes nessa mudança. Além disso, trazer os profissionais para evoluírem essa mudança na organização cria o sentimento de pertencimento, o qual será refletido no aprimoramento do seu trabalho.
2 - Crie um vínculo emocional com os seus stakeholders
Por meio de uma abordagem empática é possível entender melhor as necessidades de cada um e em como seu negócio impacta na rotina deles. Mapeie as tensões existentes com os stakeholders e busque alternativas para ampliar a proposta de valor e propósito para todo o ecossistema.
3 - Oriente as lideranças
Ativar os líderes dentro da corporação para servirem ao propósito da organização e enxergarem os pontos fortes em seus contratados, estabelecendo uma relação horizontal e de confiança entre todos. Uma liderança consciente consegue despertar e promover o melhor nas equipes, com transformações positivas no longo prazo.
4 - Entenda, também, a gestão emocional
Stephanie pontua: todo desafio de negócio é de gente, e por isso, é necessário mostrar o comportamento como um fator chave para despertar o real potencial dos negócios e proporcionar o crescimento das pessoas. Assim, as organizações precisam estar dispostas a entender essa nova dinâmica para conseguir evoluir culturalmente.
O resultado desse processo é uma equipe com boas habilidades de comunicação interpessoal, capaz de ter as conversas difíceis e necessárias para evoluir, agir de forma unida, paciente e aberta para lidar com as incertezas as quais certamente aparecerão no caminho.
Como é desenvolvida a cultura no seu ambiente de trabalho?