Os ventos favoráveis da recuperação do mercado de trabalho estão parando, de acordo com novos dados do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo. Segundo dados, embora as contratações tenham melhorado desde o início da pandemia, na maioria dos países não voltou a um crescimento consistente. Inclusive, para a maior parte deles, a aquisição de talentos pode ter atingido o limite.
Contudo, essa recuperação ainda não é suficiente
Conforme o levantamento da rede de negócios, de fevereiro a outubro de 2020, evitar um lockdown para preservar a economia não melhora o quadro nacional a longo prazo ou a taxa de admissão por país. Enquanto isso, a França está apresentando uma das recuperações de recrutamento mais consistentes de todos as 15 nações participantes, apesar de ter medidas de contenção em vigor.
Além disso, as tendências do início do ano também mostram um potencial para outra queda significativa nas recolocações nos próximos meses, mundialmente. Embora o cenário para quem procura emprego seja muito desafiador, de acordo com a análise, ainda há focos de oportunidades com mais de 14 milhões de vagas disponíveis no LinkedIn, globalmente, por exemplo.
Ajudando os candidatos a encontrar novas oportunidades
As habilidades digitais são uma demanda particular, com a previsão da evolução do mercado de tecnologia, crescerá quase 150 milhões de oportunidades nos próximos cinco anos. No Brasil, três das cinco vagas em crescimento são ligadas ao setor:
- Consultor de negócios;
- Engenheiro de software Java;
- Desenvolvedor Frontend;
- Vendedor (Comercial);
- Desenvolvedor Dotnet.
Globalmente, o levantamento também identificou as competências cuja demanda está aumentando mais rapidamente desde o início da pandemia. Veja:
- Programação;
- Marketing digital;
- Previsão financeira;
- Análise de dados;
- Metodologia Ágil.
Embora muitas instituições tenham implantado planos de contingência para evitar maiores instabilidades durante a quarentena, ainda existem muitas questões a serem resolvidas. Inclusive, adequar a liderança com as renovações do mercado. Por conseguinte, investindo na comunicação e na melhoria dos serviços prestados.
A tecnologia como aliada
Segundo o coach e mentor de liderança e carreira, Jorge Penillo, além de exigirem os hard skills (maestrias técnicas da atividade) e os soft skills (aptidões comportamentais como inteligência emocional, resiliência, e adaptação a mudanças), agora as organizações estão requerendo um novo conhecimento: o digital.
Para ele, essa exigência começa já nos processos seletivos – é comum, por exemplo, as vagas pedirem um vídeo de apresentação ou a participação em dinâmicas digitais. “A maior parte das instituições, se tornaram globais por causa da pandemia, por isso, o compreender o universo on-line se tornou essencial para qualquer carreira e cargo”, explica Jorge.
Assim também, a tecnologia foi a grande aliada dos recursos humanos (RH) nesse tempo. Para a especialista em Recursos Humanos da IBE Conveniada FGV, Ligia Molina, os profissionais do RH tiveram de adequar toda a realidade do escritório para um ambiente totalmente digital. “Esses colaboradores fizeram todo esforço possível para ajudar as pessoas a se manterem engajadas com a marca e apoiaram os líderes. Todas as corporações e as pessoas estão se esforçando muito para se manterem presentes mesmo em home office”, finaliza.
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