Já ouviu falar do termo em inglês nudge? Significa empurrão e é utilizado para definir a técnica do nudging, ou seja, tem como objetivo alterar comportamentos de uma maneira previsível, sem limitar o poder de escolha. Nas últimas décadas, as empresas têm usado ciências comportamentais junto aos consumidores e as equipes internas, a fim de aumentar as vendas ou o engajamento dentro da corporação. Quer saber mais? Continue lendo!
Definindo o conceito
Segundo Eduardo Parente, sócio-fundador da Lys, a ideia é “pequenos empurrões” ajudarem o time a direcionarem seus esforços, alinhando-os aos objetivos da organização e melhorarem sua própria performance individual. “Porém, para colocar a técnica em prática, o primeiro passo é entender o público-alvo e, com isso, construir um material com benefícios reais de uma mudança de comportamento”, afirma.
Foi desenvolvido pelos teóricos da economia comportamental, linha de pensamento capaz de vincular ciências como psicologia e neurociência a eventos econômicos. “Os economistas Richard Thaler (ganhador do Nobel com estudo sobre como o comportamento afeta a tomada de decisões) e Cass Sunstein defendem estratégias capazes de estimular a pessoa a tomar por si só decisões em prol de seu bem estar”, ilustra Rafael Vivolo, CEO da MGov.
Um exemplo utilizado foi o envio de mensagens pelo celular para um público-alvo. “Seu conteúdo influencia positivamente na resolução dos desafios. São “impulsos” da política pública para ações benéficas dos indivíduos em relação a elas próprias e à sociedade, motivando mudanças de comportamento e de hábitos”, comenta.
Como funciona?
Porém, você sabe como funciona no meio corporativo? O especialista explica: “o nudge entra em cena a partir do momento no qual se cria situações, ou micro desafios, de forma a incentivar o usuário a colocar em prática ideias vistas em treinamentos, solidificando, assim, o conhecimento e crescendo profissionalmente”, destaca Parente.
O objetivo é simples: alcançar os resultados esperados. No entanto, a técnica ainda pode ser considerada uma quebra de paradigmas em muitas instituições. “Quando o assunto é aspecto técnico, as horas são necessárias, porém para mudanças comportamentais, não garantem, necessariamente, resultados”, explica Parente. Uma das grandes vantagens da ferramenta é como ela pode funcionar nos meios digitais, como os celulares. “É possível enviar videoaulas, imagens, atividades práticas, derrubando a barreira geográfica”, orienta.
Além disso, atua muito bem no formato "pílulas" de conteúdo. “O tempo necessário do colaborador para receber o conteúdo é reduzido, eliminando longos cursos de capacitação e horários fixos. Isso porque, é mais fácil incorporar várias pequenas práticas em diferentes momentos”, comenta o fundador.
Growth MindSet
Também na base do trabalho da MGov está a teoria Growth MindSet, por meio da qual os temas das mensagens enviadas são revisitados. Criada pela psicóloga Carol Dweck, após estudar o comportamento de milhares de crianças. “De acordo com a ideia, quem desenvolve seus talentos por meio de seu esforço e empenho tende a conquistar mais quando comparado em quem crê neles como dons intrínsecos. Quando os alunos enxergam a possibilidade de ficarem mais inteligentes, eles entendem o valor do esforço”, destaca Vivolo.
Você já tinha escutado falar sobre as ciências comportamentais? Para mais informações, acompanhe as matérias e conteúdos do Nube! Leia também: "exposições para expandir seus conhecimentos!"
