Desde o início da pandemia, houve uma conversa sobre como manter os funcionários saudáveis e seguros. Embora a saúde ainda seja a prioridade, cada vez mais a apreensão é sobre como será a volta aos locais de trabalho com proteção, rapidez e produtividade.
Muito tem se falado sobre a volta dos cubículos e repartições, mas, a longo prazo, essas são medidas capazes de comprometer a produtividade e fluidez das tarefas. Assim, medidas integradas com as necessidades dos colaboradores são mais eficazes.
Por exemplo, é possível manter as pessoas em suas baias, ou separar as mesas por um metro e oitenta, mas não é possível impedi-las de caminhar para um banheiro ou tomar um café em uma sala de descanso. Por esse motivo, a Herman Miller, marca de inovação em espaços corporativos, defende políticas holísticas, como escalonamentos de horários e limitação do número de pessoas em um único local, pois provavelmente serão as mais eficazes.
Medidas de segurança
Como um primeiro passo, a empresa instiga os gestores a visualizarem os movimentos dos trabalhadores e rotas comuns percorridas em todo o escritório e fazer ajustes a fim de promover o distanciamento. Além disso, o ideal é acelerar o tempo necessário para as pessoas concluírem as atividades. Historicamente, essa abordagem funcionou para varejistas, como a Ikea, cujo tráfego é intenso. Quando possível, para um retorno rápido, as companhias poderiam adotar medidas como:
- Implementação de horários flexíveis;
- Higienização, tanto individual quanto dos espaços, intensa e contínua;
- Barreiras físicas, como partições, caso necessário;
- Utilização da tecnologia para reuniões;
- Obrigatoriedade do uso de máscaras.
Além do distanciamento
Para um futuro próximo, a companhia aposta em um design dos ambientes o qual evite o contato constante, com produtos de fácil higienização. Além disso, instiga os gerentes a pensarem além do distanciamento social:
- Melhorar qualidade do ar e ventilação;
- Aumentar periodicidade e intensidade da limpeza das superfícies e do material por meio de design simplificado;
- Minimizar o número de toques com o controle por gestos e voz - tecnologias, programação dinâmica e serviço sob demanda.
Para Maria Paula Zajar, Senior Product Manager LAC da Herman Miller, essas mudanças são iminentes. “É preciso praticar a resiliência e a integração entre os mais diversos times, como recursos humanos, estratégia, gestão e tecnologia. Esta última será uma grande aliada para as organizações poderem chegar a medidas holísticas e efetivas”, afirma.
Home office como opção
Na visão de Mariza Baumbach, analista comportamental do Rio de Janeiro (RJ), mesmo com providências de segurança, o trabalho a distância deve ser mantido como opção. “O mundo mudou, as pessoas mudaram e o mundo corporativo também sofreu muitas alterações. Neste cenário tão inconstante, sem muitas referências e para tentar manter ao máximo o quadro de funcionários, o home office é uma escolha inteligente”, afirma.
Na visão da especialista, o formato pode auxiliar no revezamento de profissionais presencialmente e manter algumas funções de forma mais direta. Para ela, é relevante ordenar essa questão, pois não são raras as queixas de extrapolação dos limites de horário por parte das corporações, como o desrespeito ao período de almoço ou mesmo de encerramento do expediente. “Se bem organizada, a modalidade pode trazer muitas vantagens tanto para o empresário quanto para o trabalhador, mas é necessário ambos estabelecerem e cumprirem as regras”, finaliza Mariza.
O home office coninuará sendo uma opção na sua empresa?