O momento dos nascidos a partir de 2001 chegou: englobando uma parcela com maiores de 18 anos e formados no ensino médio, a busca pela inserção no mercado de trabalho já começou. Popularmente conhecidos como Geração Z, esse público juvenil passou pelos grandes impactos causados pela Covid-19 no globo. Nesse contexto, apesar dos nítidos pontos negativos do isolamento social, algumas inovações positivas podem ser observadas. Dessa forma, confira um pouco mais sobre a atual situação dos estudantes e como se adaptar às novas imposições mercadológicas.
A personalidade da Geração Z
Infância, adolescência, vida adulta e terceira idade. Por muito tempo essa foi a única maneira simplória de diferenciar uma era da outra. No entanto, ficou clara a sua insuficiência para distinguir as vivências e a necessidade de avaliar também cada época para uma possível definição. Desse modo, estudiosos desenvolveram o conceito de geração. Tal fato permitiu apontar as já perceptíveis particularidades entre grupos de séculos e até mesmo décadas diversas.
Apesar de já existir a Geração Y (nascidos entre 1980 e 2000), esse novo grupo está vivendo no ápice da atualidade. No cenário de globalização, as fronteiras da distância são quebradas e abrem espaço para a conectividade instantânea. Desde o nascimento, essa parcela possui o contato com os computadores e Internet em casa, fato esse resultante do compartilhamento natural de acontecimentos ao redor do planeta. Informações antes direcionadas apenas para os tradicionais canais de comunicação agora estão nas mãos de todos.
Eles nunca testemunharam um mundo desprovido de dispositivos eletrônicos e ainda aproveitam a ascensão daqueles móveis. Tal condição mudou completamente o ponto de vista sobre diversas questões.“Para começo de conversa, eles nasceram quando já havia telefone celular. O universo deles é totalmente conectado. Isso faz parte de sua formação profissional. A Geração Z pode se relacionar mais facilmente com o local de trabalho digital se comparados às suas antecessoras”, afirma Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP.
Os impactos da pandemia
A iGeneration representa cerca de 1,5 bilhão de pessoas pelo planeta, com o destaque de 23 milhões de brasileiros pertencentes a esse número. De acordo com uma pesquisa realizada em 17 países pela ADP Research Institute, esse público foi o mais afetado pela pandemia, tendo em vista a sua diminuta resiliência às mudanças. Quando comparado com o otimismo dos trabalhadores de idades distintas, com a variação de 92% para 86%, a satisfação desse grupo passou de 93% para 83%.
Ultimamente, tem sido notório cargos cada vez mais exploratórios e uma alta competitividade nos mais variados ramos. Durante o distanciamento social, houve o grande desafio da falta de perspectiva em meio a baixa de oportunidades. Com cada um no seu canto, sem ter ideia do dia de amanhã, questionamentos e aflições foram inevitáveis. Se já estava difícil para quem precisou se adaptar às novas demandas, foi ainda pior aqueles na procura do primeiro emprego.
“Muitos imprevistos surgiram nesse período de crise. Não tinha certeza sobre o andamento ideal dos vestibulares e se quer se iam acontecer. Passei do terceiro ano do colegial para a faculdade na modalidade EAD, sendo compulsório meu aprendizado e relacionamento com colegas de classe de uma forma totalmente diferente de tudo já visto ao longo da minha vida. Pensar em conquistar uma posição no meio corporativo não era nem uma opção, todos na mesma situação tinham zero expectativas sobre isso”, comenta Amanda Couto, atualmente estudante de História na Universidade Federal Fluminense - UFF.
Apesar das enormes adversidades, a educação remota se aliou com o teletrabalho. Inicialmente previsto como uma medida provisória, essa implementação de novas ferramentas e processos feitos às pressas trouxe bons frutos. Ficou nítido como algumas funcionalidades desenvolvidas agregaram nas tarefas e, por isso, vieram para ficar. A digitalização empresarial já era prevista, contudo, o fenômeno foi acelerado devido às necessidades pandêmicas.
Nesse sentido, o home office resultou em um novo panorama para o futuro. É cada vez mais comum conhecer alguém inserido nessa categoria de trabalho ou almejando-a. Embora houvesse muitas dúvidas sobre sua eficácia, muitos se adaptaram bem a essa nova realidade laboral. A flexibilidade é uma de suas principais vantagens, levando em consideração a viabilidade de atuar diretamente de suas residências. A partir de agora, é possível adaptar um horário condizente com o cotidiano e necessidades de cada um.
Além disso, é de grande destaque o espaço aberto para contratar funcionários de qualquer região do país. Por meio das reuniões e dinâmicas virtuais, todos os interessados tiveram acesso a processos seletivos de companhias fixadas por todo o território nacional. Chances como essas não eram tão comuns até 2020.
As responsabilidades são as mesmas dos frequentadores de escritórios. Entretanto, diminuiu a exclusão dos indivíduos localizados nos endereços mais remotos, tornando o ambiente corporativo mais acessível para a população. “Após esse primeiro baque de 2020 e 2021, vejo muitos estudantes aproveitando os benefícios do estágio à distância. Agora é possível fazer parte do time de grandes empresas por todo o Brasil”, acrescenta Amanda.
Por onde a Gen Z pode começar?
Atualmente, o estágio é o melhor caminho para quem estuda adentrar o ambiente profissional na sua respectiva área de estudo. De acordo com a Lei n° 11.788/2008, a partir dos 16 anos é possível participar do programa, não havendo um teto máximo quanto a idade. Existe apenas a necessidade de uma matrícula ativa e frequência regular no ensino fundamental, médio ou superior. Estão inclusos também a pós-graduação, mestrado, MBA e doutorado. A garantia dos direitos previstos pela legislação são mediante o TCE (Termo de Compromisso de Estágio), com duração máxima de dois anos.
Ademais, para aqueles integrantes da escola ou instituição de ensino técnico-profissional, existe o programa de aprendizagem. Conforme a Lei n° 10.097/2000, é preciso ter entre 14 e 24 anos e executar as atividades teóricas e práticas orientadas por uma entidade capacitadora com registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Nesse contrato, o concedente se compromete a assegurar ao participante uma instrução metódica e associada com a sua promoção psicológica, moral e física.
Torna-se evidente, portanto, como é possível alinhar a teoria acadêmica com a prática do ofício. Logo, os atos educativos estão em alta na Gen Z. Em uma sociedade na qual o diploma é cada vez mais valorizado, é preciso se adaptar às inovações da educação. As demais também estão se reinventando. No entanto, para os jovens passando por essa fase confusa da vida, é bom ter em mente as jornadas a serem seguidas.
Por fim, o Nube oferta posições de estágio. Caso seja de interesse, é possível filtrar vagas no seu perfil. Na nossa plataforma você fica por dentro dos processos seletivos dos nossos clientes. Diariamente disponibilizamos conteúdos para estudantes e profissionais em nosso blog e redes sociais. O nosso foco é ajudar você a conquistar uma carreira de sucesso!