Já não é mais algo tão novo: estamos em meio a uma pandemia de proporções jamais vividas na atualidade. Logo, por ser uma situação inédita e repentina, não estávamos preparados para lidar com ela. Por isso, a preocupação com o futuro tomou conta de todos, levando a mudanças de costumes, higiene, rotinas, maneira de viver e, também, de morar. Afinal, o vírus veio acompanhado de desafios relativos à forma de pensarmos em nossas residências.
Novas tendências apontam novos caminhos
Segundo pesquisa da empresa de monitoramento de mercado Hibou, seis em cada dez brasileiros estão trabalhando em home office e esse número deve aumentar. Assim, a Fundação Getúlio Vargas estima um crescimento de 30% na adoção da modalidade pelas empresas no pós-quarentena.
Nesse sentido, os arquitetos do escritório Dávila Arquitetura, Alberto Dávila, Afonso Walace e Cadu Rocha, fizeram uma análise sobre as transformação porvindouras das moradias. Com isso, propuseram proposições para uma nova arquitetura residencial a partir do aprendizado com o isolamento social. “Imaginamos três premissas principais para explorar as potencialidades das novidades habitacionais, evoluídas para o século 21, pós-pandemia. Essas são: aproveitar melhor a natureza, valorizar a higiene e viabilizar o trabalho. Tudo pensando na saúde, bem-estar e sucesso profissional dos moradores”, relatam.
Renovando e adaptando as moradias
Nesse raciocínio, o gerente de arquitetura da IT’S Informov, Douglas Enoki explica: “trabalhar em condições precárias em casa pode resultar em perdas de atenção e foco na produtividade. Dessa forma, entende-se a necessidade de investir cada vez mais nas casas para o conforto do colaborador, com iluminação, acústica e isolamento bem pensados. Isso se assemelha a aquilo já aplicado nos escritórios, com conceitos como biofilia e neuroarquitetura, sempre pensando no aconchego, prazer e rendimento das pessoas”.
Em vista disso, a incidência solar e a ventilação natural, em especial, são exemplos dos proveitos possíveis e gratuitos. Para os profissionais da Dávila Arquitetura, uma iniciativa importante é recriar os solários, espaços onde se possa tomar sol e ar dentro de casa. Esses podem ser configurados na própria varanda.
É importante estar atento, também, aos aspectos psicológicos indivíduos e uma boa alternativa para relaxar é a inserção do verde nos lares. “Essa cor, por si só, já traz tranquilidade, especialmente em tons mais suaves. Contudo, podemos expandir bastante esse conceito, trazendo a vegetação ou ‘espaços-verdes’ para dentro das casas”, exemplificam os arquitetos.
Com a integração de locais, os ambientes de uso único foram sendo eliminados em favor de uma maior interatividade entre os usos. Entretanto, se há mais de um morador operando remotamente, deve existir uma combinação de soluções, por exemplo, quem precisa de algum contato externo ou uma estrutura mais elaborada fica com o escritório oficial. Dessa maneira, os demais teriam outros lugares do domicílio, comumente os dormitórios. Ou seja, demanda deles serem pensados para admitir um com mobilidade e conforto o home based em seu layout.
Para o gerente, temos uma grande oportunidade em repensarmos nossos hábitos cotidianos. “Havia muita discussão sobre como o trabalho remoto afetaria na produção das pessoas. No entanto, temos observado o aumento dos resultados", analisa.
Portanto, estejamos antenados às transformações para nos alinharmos a esse “novo normal”. Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de diversos especialistas. Vamos juntos nos adaptar a essa nova fase. Já pensou nesses pontos?
