Muitos psicólogos e especialistas definem o mundo atual como Vuca. Essa sigla vem da junção de quatro palavras em inglês, traduzidas como volátil, instável, complexo e ambíguo. Justamente por conta dessa realidade, inclusive aplicada no ambiente profissional, não basta apenas ter conhecimentos técnicos. É fundamental se atentar aos hábitos e ao quesito emocional para poder construir carreira e ter uma boa qualidade de vida.
Por que isso é importante?
De acordo com professor Carlos Walter Dorlass, diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, a capacidade de trabalhar em equipe com eficiência e harmonia, facilidade de comunicação e postura flexível são comportamentos determinantes por toda a sua jornada e podem ser incentivados desde a idade escolar. “Eles integram um conjunto de práticas não cognitivas, as quais podem ter outros nomes, como comunicação assertiva, adaptabilidade, proatividade ou iniciativa. Independentemente da nomenclatura, são modos de agir essenciais para caminhar com fluidez, leveza e objetividade em todas as áreas da vida”, explica.
Habilidades do séc. XXI
Com as tecnologias cada vez mais presentes no cotidiano dos jovens, o desafio, segundo o especialista, é integrar esse conhecimento às soft skills, também chamada de habilidades do século XXI. “Essas competências transcendem o aprendizado relacionado aos conteúdos pedagógicos e se manifestam de forma transversal. Uma das abordagens mais comuns é a dos 4Cs (abreviação em inglês): comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico”, continua.
Necessidades dos empreendimentos
O próprio LinkedIn, rede social voltada ao universo empresarial, divulgou um estudo falando sobre as demandas do mercado. As companhias desejam indivíduos não apenas com o domínio técnico, como também quer quem domine os aspectos socioemocionais. Nesse sentido, um dos pontos mais cobrados é a criatividade. “As hard skills são definidas pela rede como específicas, ensináveis, podem ser medidas, como digitar, escrever, entender matemática, ler e usar programas de software. Já as outras são aquelas estipuladas como “menos palpáveis”, mais difíceis de quantificar, como etiqueta, facilidade em se relacionar bem com outras pessoas, ouvir, se engajar em conversa fiada”, propõe.
Isso é importante
Gabriel Lima atua no mercado há alguns anos e conta como aprendeu apenas na prática como funciona a vivência organizacional. “Se eu tivesse, na faculdade ou na escola, disciplinas voltadas a esse tipo de orientação de postura, costumes, gestão de crises, faria total diferença. Teria iniciado meu primeiro estágio com maior confiança”, aponta.
Iniciativas
Para contribuir com o novo cenário, o Colégio onde Dorlass é diretor tem desenvolvido projetos para se atentar não apenas ao desenvolvimento das matérias tradicionais. “Os Projetos de Intervenção Social (PIS) são um bom exemplo disso, pois transformam tanto o ambiente escolar quanto as comunidades do seu entorno. Eles são uma prática pedagógica para promover o diálogo, permitindo entender as necessidades humanas, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas”, aponta Carlos.
Para ele, o desenvolvimento de projetos capazes de propiciar, na prática, diferentes experiências para auxiliar na escolha da profissão faz a diferença. “Isso é essencial para ter sucesso não só no meio profissional, mas na vida, de uma forma geral”, conclui.
Portanto, se atente a isso em sua caminhada para se destacar. Conte sempre com o Nube!