Os funcionários brasileiros inovam e gostam de se sentir donos do negócio, mas são altamente desmotivados. Essas são algumas conclusões reveladas no segundo Índice de Saúde Organizacional, realizado e divulgado pela consultoria McKinsey. Na comparação global, o Brasil fica oito pontos atrás nesse item.
A falta de engajamento dos colaboradores impacta significativamente nos resultados da empresa. Segundo Camilla Martins, treinadora comportamental, palestrante e master coach, algumas estratégias adotadas pelas organizações são responsáveis por esses níveis de insatisfação. “Algumas só oferecem a tão necessária experiẽncia de mercado, depois disso, o novato vai embora em busca de algo melhor. Se a empresa possui indicadores altos de absenteísmo, turnover… tem alguma coisa errada”, comenta.
Para a especialista, a causa disso, muitas vezes, está ligada à liderança existente naquele lugar. “Muitos gestores perdem horas de produtividades em reuniões e treinamentos desnecessários, com seus colaboradores, e nada muda. A raiz do problema não está na equipe, está no líder”, evidencia. Nesse contexto, os resultados não saem como o esperado, há o cumprimento de metas medíocres, diminuição dos lucros, queda da qualidade do produto ou serviço oferecido, insatisfação do cliente, mudança da cultura organizacional, colapso financeiro e, por fim, falência.
Contudo, como saber se o gerente está no caminho certo? Camilla, lista algumas características fundamentais para um perfil de dirigência bem definido e adequado:
- Dar feedback regularmente, não somente nas avaliações institucionais;
- Reconhecer os feitos diários e pequenos do dia-a-dia dos colaboradores, não esperando grandes ações;
- Corrigir sem humilhar;
- Quando necessário, chamar atenção em particular e não em frente de outras pessoas;
- Manter a disciplina e assumir a bronca quando algo não der certo, não jogando a culpa em seus liderados.
Para Joilma Dannemann, estudante de engenharia civil, da Universidade Federal da Bahia, a principal razão por deixá-la desanimada durante a rotina profissional, é a falta de reconhecimento. “Sem dúvidas, atrapalha o desempenho. O rendimento cai bastante quando há cobrança em excesso e pouco tempo para realizá-las”, conta. A jovem diz lembrar-se constantemente do motivo por estar ali. “Recordo da importância de ter aquela experiência e de meu sonho pessoal de alcançar o sucesso”, finaliza.
Para tanto, essa figura precisa desenvolver-se antes de pensar em conduzir seu time, pois ele é o capitão. De acordo com a especialista, isso não o diminui, mas prova como é possível, crescer e levar o grupo rumo à alta performance. É servir de exemplo!
Veja mais sobre esse assunto, nesta matéria: Liderança pelo exemplo!