De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso e estressado da América Latina. Uma das vertentes desse tipo de quadro é o transtorno de ansiedade social, popularmente conhecido como fobia social. Ele já acomete cerca de 13% dos brasileiros, totalizando 26 milhões de pessoas. Os dados são do Congresso Brasileiro de Psiquiatria. Entenda as consequências disso para a carreira!
A doença é caracterizada pela inquietação e medo intenso de estar exposto, podendo ser avaliado e julgado por outros. “Nessa situação, a pessoa apresenta sinais como sudorese, taquicardia, boca seca, tremor, tensão muscular, rubor facial, náusea e outros. Os sintomas podem ser desencadeados a qualquer momento e circunstância”, explica o Dr. Elie Cheniaux, psiquiatra, escritor, mestre e doutor em psiquiatria, psicanálise e saúde mental pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Seja em eventos ou reuniões, o ser se sente angustiado só de perceber estar com outros o observando. Além disso, o indivíduo costuma ser extremamente inseguro e tem uma péssima autoestima, resultando no sentimento de desvalorização e inferioridade. Falar em público é um pesadelo. Logo, há prejuízos funcionais importantes, seja em termos pessoais, quanto profissionais.
Por isso, é comum um superior hierárquico não entender a situação e abusar de seus direitos como líder, por exemplo, se tornando um assediador. “Por isso, é fundamental a organização possuir um canal para receber sugestões, reclamações e denúncias. Assim, poderá entender quais pontos ocorrem em seus departamentos”, explica Michely Xavier, especialista em Direito do Trabalho.
No mais, seja qual for a escolha do tratamento, é essencial a busca por ajuda médica ser rápida, evitando a evolução do transtorno.