A expressão “na minha época as coisas eram melhores” muitas vezes é utilizada para se referir às mudanças comportamentais de uma geração para a outra. Essas alterações de conduta, pensamento ou prioridade refletem na maneira como os mais velhos se relacionam com os mais novos e vice-versa. No mundo da educação, a diferença geracional também impacta o aprendizado dos estudantes.
Apesar das divergências sobre as datas exatas, entende-se por Geração Z os nascidos em meados de 1990, até aproximadamente 2010. Após este ano, nasce a Geração Alpha. Por isso, uma escola com alunos do ensino infantil e médio, por exemplo, precisa aprender a lidar com suas diferenças.
Para o coordenador do Sistema de Ensino pH no Rio de Janeiro, Fabrício Cortezi, essas distinções sempre existiram, mas agora os colégios enfrentam um desafio a mais, o de lidar com educandos em contato com tecnologia o tempo todo. Se antes as transformações no formato das aulas ou nos materiais eram lentas, hoje, é preciso se atualizar de forma muito mais frequente para acompanhar o ritmo dos discentes.
“Eles são muito mais informados sobre os assuntos trabalhados pelos professores. Antigamente, era frequente os aprendizes discutirem na segunda-feira um assunto visto na TV no final de semana. Agora, eles podem descobrir qualquer coisa a qualquer hora e às vezes nem o instrutor sabe sobre qual ponto se trata”, relembra. Por isso, ele incentiva os educadores a não terem medo de inovar. Um dos caminhos é buscar auxílio nas propostas dos materiais de apoio.
O educador e escritor Fabio Toledo, apresenta em seu livro “Educação Neural” o fato de serem fatores imprescindíveis a flexibilidade, pensamento crítico, raciocínio lógico-construtivo, capacidade de adaptação e saber unir a teoria à prática. “É fundamental preparar os estudantes para a vida!”, assegura.
Por fim, trazer os familiares e toda a comunidade escolar para perto dos estudantes ajuda a dar clareza à proposta pedagógica da escola e facilita no processo do ensino, independentemente da geração. Cortezi completa: “o aprendizado não só de quem está passando a informação, ele também depende do acadêmico”.
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