Pensar em um caminho para seguir, nem sempre é uma tarefa fácil. Muitos, enfrentam grandes monstros dentro de si até chegar na escolha final. Isso ocorre, pois não há ainda a maturidade necessária para bater o martelo e dizer: "essa é a minha profissão". Nesse processo, os familiares nem sempre ajudam.
Esse fato foi revelado na última pesquisa realizada pelo Nube, com 51.295 participantes. Diante da pergunta: "seus pais ou responsáveis influenciaram sua escolha profissional?”, jovens de 15 a 28 anos, em todo o Brasil, deram sua opinião. De acordo com 66,70%, ou seja, 34.213 participantes, a melhor alternativa foi: “não, me deixaram livre para fazer a minha escolha”. A explicação para o índice está ligada a uma geração muito atrelada aos seus valores. “Atualmente, a juventude apresenta um conceito de rotina diferente de seus antecessores. Se antes, as pessoas prezavam por estabilidade e segurança, hoje, o primordial é a qualidade de vida e o equilíbrio entre trabalho e tempo livre”, explica a analista de seleção do Nube, Marianne Lisboa.
Ainda na mesma linha, 5.44% (2.788) disseram: “não, tentaram me levar por um caminho, mas eu decidi ir por outro”. Portanto, estamos falando de indivíduos com alto nível de informação nas mãos e capazes de se impor quanto às suas vontades. “Caso contrário, o risco de desistências, insatisfação, frustração e ansiedade torna-se grande”, assegura Marianne. Mesmo assim, ainda há familiares querendo exercer sua influência. Desses, há quem apenas opine, sem maiores consequências, como foi dito por 26,87% (13.783) na opção: “sim, me deram sugestões, mas sem pressão”. Para a analista, atender as vontades dos entes e não a sua própria pode gerar cobranças e expectativas irreais em relação a desempenho, engajamento e sentimento de incapacidade.
Contudo, nem todos entendem essa premissa. Assim, 0,32% (163) desabafaram: “sim, me fizeram seguir a mesma carreira deles” e outros 0,68% (348) revelaram: “sim, acabei optando pela carreira dos sonhos deles”. Muitas vezes, considera-se natural ter a mesma carreira dos pais ou tocar o negócio da família. Porém quando isso se torna uma obrigatoriedade pode desencadear situações frustrantes, caso o indivíduo não tenha as competências necessárias para isso. “Antes de mais nada, quem está prestes a optar por uma ramo deve levar em consideração suas características pessoais e verificar quais são suas habilidades e aspirações. Somente dessa forma será possível explicar com maior clareza e argumentos seus desejos”, indica a especialista.
Por isso, converse com profissionais e busque um propósito. “No mais, é sempre bom lembrar: ninguém é obrigado a acertar de primeira. Todas experiências tornam-se válidas para extrair conhecimentos dela”, finaliza Marianne.
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