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Você se aceita como é? 

Notícia | 03/07/2019

Cláudia Giannoni

Você está satisfeito com sua imagem? Segundo estudo realizado pelo Nube, com 2.802 jovens, todos mudariam alguma coisa em seu corpo se pudessem. O resultado traz uma realidade marcada por padrões de aparência e de comportamento ditados pela sociedade. Porém, nos dias de hoje, as mídias e redes sociais fortalecem ainda mais esse movimento. Com isso, a necessidade de pertencimento gera a busca constante por patamares muitas vezes inatingíveis. Saiba mais!

O levantamento ocorreu em todo o Brasil, entre os dias 13 e 24 de maio, com pessoas entre 15 e 26 anos de idade. Para esses, a seguinte pergunta foi feita: "Qual dessas características você gostaria de alterar?”. Sem segredos, o peso apareceu em primeiro colocado, sendo apontado por 39,04%, ou 1.094 pessoas. Para a analista de treinamento, Jéssica Alves, o “modelo ideal” vigora e quem não o atinge tem de fazer dieta, com o falso discurso da preocupação com a saúde. “Sobrepeso não necessariamente é indicativo de falta de vitalidade”, explica. Para ela, quem estimula a gordofobia deve repensar a prática, pois gera sentimentos horríveis em quem ataca. “Já quem sofre com a situação, tem de acolher seu corpo, dialogar com entes e colegas dispostos a ouvir e excluir os comentários negativos”, enfatiza.

 “Os dentes” e "a idade" também entraram em debate. O primeiro obteve 18,24% (511).Já o segundo 16,20% (454). A indicação revela a necessidade de uma geração preocupada em ter o sorriso perfeito para as selfies constantes e postagens nas redes sociais.Quanto a faixa etária, é comum a juventude desejar a maturidade e sabedoria dos mais velhos. Assim como quanto mais experiente se fica, maiores são os anseios em torno do vigor da mocidade. “Essa utopia prevalece por não existir uma faixa etária perfeita, mas sim ideais criados por outros e incorporados por nós como se fossem o certo”, defende Jéssica. Assim, para lidar com a situação é preciso conscientizar-se de cada etapa ter suas vantagens e desvantagens. “Viver é um movimento constante de aprendizado e de evolução e isso é progresso”, pontua.

Já para 15,45% (433) a transformação ocorreria na “altura”. Há também quem seria mais incisivo e mudaria seu “rosto”. Essa foi a escolha de 8,74% (245) dos votantes. Porém, associar um cunho negativo a esses fatores é outra forma de preconceito. Afinal, as piadas e bullying sobre o visual são reflexos de valores discriminatórios enraizados e não dizem nada sobre quem de fato se é. “O mais importante é reconhecer a relevância do ser humano enquanto indivíduo, pela somatória de diversos valores, os quais vão muito além da aparência”, avalia. Portanto, é fundamental ter consciência disso e, assim, cada um deve reconhecer suas potencialidades e singularidades.

Por fim, 2,32% (65) trocariam de “gênero”. “Com toda certeza, essa parcela não está sozinha e nem precisa viver uma mudança dessa sem suporte. Para quem convive com essas pessoas, é fundamental não reprimir a escolha e dar autonomia para cada um viver sua condição”, afirma. Autoaceitação significa entender suas qualidades e defeitos, se conhecer. “Portanto, vale para todos se incentivarem a alcançar objetivos e eliminarem comparações, pois somos únicos e não devemos seguir padrões. Então, o conselho é se escutar mais, identificar os gostos e não ir em busca, necessariamente, daquilo ditado como correto”, estimula. Afinal, ninguém é perfeito.

Logo, abraçar as imperfeições e ser a sua melhor versão, com autorrespeito e responsabilidade é o caminho mais adequado.

Boa sorte!

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