Os recursos tecnológicos mudam a vida das pessoas a cada dia. Novas soluções, aplicativos, automação e inteligência artificial já fazem parte da rotina dos brasileiros. O mundo está se reinventando, encurtando distâncias, agilizando processos e difundindo a Internet e as redes sociais. Com as profissões não é diferente e um cenário inovador surge para as gerações ingressantes no mercado. Saiba mais!
De acordo com o World Economic Forum de 2016, empregos como de assistente jurídico, corretor de seguros e analistas de risco irão diminuir drasticamente em 2020. Jornalistas estão ameaçados de desaparecer até lá e pilotos de aviões e anestesistas serão substituídos por robôs até 2025. Para Arno Krug, CEO da Maple Bear Canadian School, escola também com filial em Campinas, as carreiras de operador de telemarketing, contador, condutor de trem e metrô e atendente de estacionamento são atuais exemplos de cargos, os quais, em breve, também deixarão de existir.
“Em contrapartida, conhecimentos avançados em tecnologia serão essenciais para futuras posições, como analista de cibercidade, gerente de equipe humanos-máquinas e construtor de jornadas de realidade aumentada, exemplos apontados em um relatório do Center for the Future of Work, estabelecido pela Cognizant Technology Solutions”, explica. Ainda assim, quem não se identifica com esse segmento, não deve se desesperar.
Luiz Alexandre Castanha é diretor geral da Telefônica Educação Digital – Brasil e compartilha nove valores humanos, os quais, para ele, farão toda diferença na concepção dos empregos. “O trabalho para um colaborador não é meramente uma ocupação diária para ganhar dinheiro. Por vezes, suas realizações pessoais também se transferem para sua carreira e não há nada de mal nisso”, explica. Alíás, segundo o especialista, se dedicar a algo com esse propósito tem tudo para ser uma forma de pensarmos no trabalho daqui para frente.
O futurólogo Gerd Leonhard também elencou algumas características diferenciais para os próximos anos:
“Cada empreendedor e funcionário precisa buscar em si algo inatingível pelas máquinas e os robôs. A revolução digital é feita ainda por pessoas, com a capacidade de saber e moldar as necessidades de outros indivíduos”, afirma. A área da saúde exigirá profissionais ainda mais conscientes de cuidados individualizados. Atividades ligadas à sustentabilidade também ganham espaço em corporações de todos os tamanhos e quem estiver apto para apontar soluções e gerenciar estratégias a favor do meio ambiente certamente terá seu lugar de atuação.
Sem contar as mudanças sociais. “Com o crescimento de uso de aplicativos de transporte, hoje temos uma legião de motoristas rodando pelas cidades, atendendo passageiros; com a popularização de drones, foram criados cursos para pilotos desse tipo de equipamento”, enfatiza. Ou seja, novos postos estão surgindo.
Para os jovens, a dica é pensar de maneira diferente sobre as soluções dos problemas enfrentados. “É preciso ser curioso. Na prática, será preciso investir em competências técnicas como, por exemplo, programação, big data, blockchain e, em paralelo, buscar maneiras de desenvolver suas habilidades de trabalho em equipe e resiliência”, enfatiza.
Assim, para Castanha, o medo paralisante não ajudará em nada nessa nova realidade. O ideal é explorar as oportunidades!