Já errou algum caminho por se distrair e esquecer para onde estava indo? Quando isso acontece, provavelmente você estava no piloto automático. Segundo o psicólogo Daniel Kahneman, autor do livro Rápido e Devagar, nós vivemos dessa maneira a maior parte do tempo. Isso é grave apenas se há conformidade com a condição atual e falta força de vontade para transformá-la.
De acordo com Sidney Souza, analista de RH, somos programados para reproduzir as mesmas ações diariamente: acordar, trabalhar, dormir… e assim sucessivamente. “Os dias vão passando, meses, anos, e parece não haver mudança na rotina. Logo, existe a sensação de estar sempre atrasado com algum assunto. Essa ideia atrapalha a concentração no dia a dia”, explica. Ficar muito acostumado com os hábitos pode gerar impactos ruins.
Para Júlia Floriano, estudante da Facamp, em Campinas (SP), a situação pode ser prejudicial, pois quem vive no automático se priva de novos desafios. Por isso, ela procura não ficar acomodada. “Sempre tento sair da minha zona de conforto. Ao deixar de ficar em um estado mecânico, descobrimos ser capazes de muitas coisas, inclusive algumas as quais imaginamos nunca conseguir”, opina a jovem.
A fim de mudar o cenário, a dica é evitar a pressa. “Durma bem, desperte com calma e tome café em paz. Experimente andar de bicicleta, fazer uma rota diferente para o trabalho”, indica Souza. A transformação é possível se estabelecermos uma meta. “A capacidade do cérebro de se adaptar ao novo é extraordinária. Ele é maleável e modificável a partir da reorganização dos nossos pensamentos”, afirma o especialista.
Aprimore sua habilidade de agir diferente e comece a realizar suas atividades de uma outra forma!