Ao acordar de manhã, você pega o celular ao lado da cama e começa a ler as mensagens. O tempo no qual esteve dormindo, em uma “realidade paralela”, é retomado ali. Em um clique, é possível recuperar os acontecimentos ocorridos durante o período de descanso. Você se reconhece nessa situação? A tecnologia está conosco todo o tempo!
A comunicação e a conexão promovidas por novas ferramentas estão definindo os próximos passos da história da humanidade. Os smartphones, um dos objetos mais emblemáticos dentro de nossa sociedade multitela, são a prova disso. Segundo matéria da revista Superinteressante, há mais chips de celulares no mundo (6 bilhões), se comparado a escovas de dentes (4,3 bilhões). Ou seja, é como se estivéssemos mais preocupados com os recursos tecnológicos, em vez de hábitos de higiene.
Esses números indicam o fascínio pelas diferentes formas de viver, ao personalizar experiências e desenvolver nosso conhecimento. A inteligência artificial é cada dia mais precisa, os itens com interface de voz se comunicam com o dono. Até grandes corporações, como a Marvel, usam big data para analisar, por exemplo, a resposta do público aos seus heróis.
“O cenário mudou muito desde meus tempos de faculdade. Como sempre adorei tecnologia, à época, tivemos um serviço de videotexto em casa para consultar a programação de cinema, na tradicional tela de fósforo verde”, conta o diretor geral da Telefônica Educação Digital – Brasil, Luiz Alexandre Castanha. Segundo ele, isso era o máximo promovido por esses aparelhos. “E já achávamos incrível”, relata.
Para a professora e Cientista na UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suzana Kahn, estamos caminhando para um lugar, onde um maior número de pessoas conectadas será um dos fatores capazes de mudar os modelos de negócios, meio ambiente e comportamentos. ”Precisaremos de colaboração, da Internet das Coisas e Cloud Computing, para nos ajudar nessa nova fase e tornar a população mais ativa, urbana e consciente”, esclarece.
Agora, a realidade mista é um dos caminhos mais promissores e, apesar de os dispositivos ainda não serem tão acessíveis, transformará nosso futuro. Os óculos lançados pela Microsoft, “HoloLens”, são um exemplo incrível. Com o gadget, é possível interagir com hologramas no seu mundo real. Ou seja, com apenas alguns cliques e ajustes na configuração, será possível ter um instrutor de musculação dentro de sua sala passando dicas sobre exercícios físicos, por exemplo. “Nós, os quais estudávamos com enciclopédias, nos tornamos quase homens das cavernas frente aos adventos em testes nos vários lugares do mundo”, enfatiza Castanha.
A gigante Disney, por exemplo, também embarcou nessa nova onda. O “Magic Bench”, ou “banco mágico” viabiliza a interação com um um elefantinho holográfico, sem a necessidade de dispositivos como monitores. O usuário vê uma imagem espelhada em uma tela grande na frente, como se visse a cena acontecendo pelo olhar de uma terceira pessoa. Tudo, então, é reconstruído usando um sensor de profundidade e o participante ocupa, de fato, o mesmo espaço 3D do personagem.
Você está preparado para o futuro?