Muitos líderes associam o local de trabalho a um espaço de seriedade constante, com pouca descontração. Esse é um grande erro, pois o humor nem sempre deve ser considerado uma distração. Na verdade, ele é uma receita importante e necessária para negócios de sucesso e uma equipe de estagiários, aprendizes e efetivos satisfeitos.
"Há algumas décadas, os funcionários eram considerados meros recursos produtivos, e não havia por parte das empresas preocupação com o seu bem-estar. Deveriam cumprir as tarefas designadas”, explica Kim Archetti, especialista em comunicação verbal e CEO & Founder do Awakim Academy. Hoje, no entanto, muitas organizações já perceberam a importância de investir em seu capital humano, e, em vez de reprimir os risos em toda e qualquer situação, estimulam seus empregados a mostrarem seu lado mais contente em algumas situações do dia a dia.
No entanto, na visão do especialista, esse lado extrovertido ainda é uma ferramenta subestimada no mundo corporativo. "A alegria é muito útil para aumentar o engajamento e construir culturas resilientes. Muitos gestores precisam trabalhar nisso", diz.
Archetti aponta cinco boas razões para utilizar essa tática na hora de liderar:
Facilita o aprendizado: encontrar uma maneira engraçada de passar informações pode auxiliar a processar melhor e memorizar o ensino, além de prender a atenção.
Alivia tensões e crises: quando há estresse na sala, o humor ajuda a relaxar, pensar com mais clareza e até tomar decisões assertivas. Além de amenizar o clima, deixa as pessoas mais à vontade e reduz o fator de intimidação.
Incentiva o espírito de equipe: o comandante não deve ser visto como "chato e mandão", sob o risco de ter um time desmotivado e pouco produtivo. Ninguém gosta de atuar em um lugar hostil. Além disso, quando todos se divertem juntos, aumenta seu senso de comunidade e cria uma cultura coesa.
Promove o diálogo: todo superior precisará, muitas vezes, dar feedbacks negativos e transmitir notícias ruins. Isso não precisa ser feito de uma forma totalmente negativa.
Maurício Tormin é supervisor da área de consultoria de oportunidades do Nube e adota a prática para estimular seus liderados. Para ele, deve sempre existir uma troca, na qual um auxilie o outro. “Estou junto nos momentos de acertos e também nos erros. Deixo sempre claro como cada um é essencial para a organização, com bom-humor e paciência!”, revela.
“É fácil ver quando um ambiente é leve. Os indivíduos são mais sociáveis, as cobranças ocorrem de forma natural e sem ar de superioridade. Os funcionários se relacionam por afinidade e não por interesse”, assegura José Roberto Marques, fundador e presidente do IBC - Instituto Brasileiro de Coaching, também com filial no Rio de Janeiro.
Portanto, nunca deixe seu grupo sentir-se oprimido. “Se alguém sorrir para você, sorria de volta", sugere Archetti.
Já foi gentil com alguém hoje? Comece por quem está ao seu lado e compartilhe alegria!