Boa memória, raciocínio ágil, autocontrole emocional e concentração para ir bem nos estudos parecem até habilidades superespeciais, mas qualquer estudante pode desenvolvê-las com a ginástica cerebral. A prática desenvolve as capacidades do cérebro e ajuda a evitar a recuperação ou até conquistar a tão sonhada vaga na universidade com o vestibular.
Para quem pensa se tratar de mais estudo, está enganado: divertido e desafiador, o método faz o aluno adquirir novas competências e ainda “relaxar” da rotina de estudos livros da escola. No Brasil, existe uma rede de escolas especializadas no tema. São 300 unidades em todos os estados do país. Em suas aulas, é possível se deparar com ferramentas bem diferentes: jogos on-line e de tabuleiro, ábaco – um sistema oriental para cálculos -, apostilas com exercícios cognitivos, neuróbicas e dinâmicas em grupo.
Com isso, os educandos melhoram atenção, raciocínio, memória e criatividade. Ou seja, eles se tornam mais seguros e preparados para aprender coisas novas, gerir desafios, trabalhar em equipe, praticar esportes, planejar e lidar com as mudanças do século 21. Exemplo da eficácia da prática é o aluno Rafael Freire. Ele praticou no Supera Cruz das Almas (BA) e conquistou vagas em duas faculdades de medicina (Univesidade Bahiana de Medicina e Saúde Pública e na Universidade Federal de Alagoas). Para ele, os exercícios cognitivos foram essenciais. “Contribuiu muito! Não adianta só entender sobre o assunto, para o vestibular nós precisamos interpretar a questão. Percebi melhoras consideráveis quanto a isso. Foi essencial”, conta.
O procedimento é fundamentado no conceito de neuroplasticidade cerebral, já comprovado pela neurociência. Trata-se da capacidade de se modificar de acordo com os estímulos recebidos. “Nosso cérebro é um órgão preguiçoso, o qual aprende a guardar energia o quanto pode. Então, ele precisa ser estimulado. Quando isso acontece, temos a neurogênese, ou seja, a capacidade surpreendente de produzir novos neurônios e criar conexões entre os já existentes”, explica Solange Jacob, Diretora Pedagógica Nacional do Método Supera, com atuação também no Rio de Janeiro.
A ginástica cerebral pode ser feita por crianças a partir dos cinco anos, até idosos, pois melhora a qualidade de vida, preserva a memória e evita o aparecimento de sintomas de doenças como o Alzheimer.
E aí, animado para evoluir a mente?