Possui uma mente aguçada e tem verdadeira paixão por ciências? Se a resposta foi positiva, então essa pode ser a escolha certa para o seu futuro. Estamos falando do campo da Física, onde, entre outras coisas, se busca explicações para os fenômenos naturais. Descubra os principais desafios e prazeres da profissão e veja se você se enquadra.
O curso possui duração de quatro anos e pode ser feito como Bacharelado ou Licenciatura. “Ambos oferecem um apanhado básico da Física Clássica, desenvolvida entre os séculos XVII e XIX, a qual proporcionou diferentes revoluções no modo como lidamos com tecnologia e natureza”, afirma o professor da área, Renato Marcon Pugliese. Segundo ele, na primeira opção o aluno é direcionado para o conhecimento de novas formas de pesquisa e produção tecnológica, enquanto na segunda são valorizados os aspectos relacionados ao ensino e à divulgação científica.
De acordo com dados do Censo Inep/MEC, são disponibilizadas por ano 3.798 vagas, para os 12.321 candidatos. No entanto, desses, apenas 2.940 ingressam realmente. Para Pugliese, quem deseja seguir na carreira precisa ter algumas características essenciais: “o estudante deve gostar de pensar e se esforçar para compreender as coisas. Esse ramo necessita de muito estudo, dedicação intelectual e prazer por estudar, em grupo e individualmente, matemática, filosofia e história,”, explica.
O mercado de trabalho possui carência desses profissionais e, por isso, é comum instituições de ensino contratarem os universitários do último ano. Primeiro eles atuam como auxiliares, para depois de formados virarem professores fixos. A bolsa-auxílio dos estagiários gira em torno de R$ 806,09 e segundo o Guia do Estudante, o salário inicial gira em torno R$ 12,74 hora/aula em escolas particulares. Outros grandes contratantes são os setores de telecomunicações, hospitais e editoras de livros didáticos.
Para Pugliese o mais prazeroso para o físico é compreender algumas regras gerais, as quais têm valor em qualquer lugar do universo e para qualquer objeto, vivo ou não-vivo. “Esse segmento proporciona uma visão de mundo muito específica e isso permite ao homem olhar para a realidade da qual faz parte e perceber, ou ao menos discutir com bons argumentos, qual o seu papel na natureza”, afirma.
Mas, se você ainda estiver em dúvidas, aí vai um conselho de quem já está na profissão há quatro anos. “Pense bem, pois exige muita dedicação e esforço. Mas, ao mesmo tempo, proporciona um alto prazer intelectual”, comenta Pugliese. Ele ainda recomenda: “Como é um campo ainda pouco valorizado no Brasil, não deve ser escolhido levando em conta a remuneração rápida principalmente”.
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