Essa é uma pergunta difícil de responder. Muitas pessoas não têm controle das despesas diárias e esse foi o foco de uma pesquisa da TNS Research International feita em 24 países. Os entrevistados têm de 12 a 19 anos e pertencem a todas as classes sociais. Veja se você está dentro ou fora dos padrões brasileiros.
A população jovem, segundo o IBGE, é de 32 milhões. Esses adolescentes gastaram em 2009 cerca de R$ 32 bilhões, montante maior que o PIB de algumas nações da América do Sul. Por aqui, eles gastam, em média, R$ 50 por semana. Esse valor varia de R$ 31 na região Nordeste a R$ 54 no Sudeste.
Se compararmos com os gastos dos russos e chineses, desembolsamos cerca de 10% a menos. Porém, o Brasil é o único país onde há a intenção de aumentar em 50% nos próximos 12 meses. De acordo com o levantamento, a principal fonte de renda da maioria dos entrevistados vem dos pais. Apenas 20% declararam trabalhar.
O visual consome a maior parte da mesada dos brasileiros. Roupas e acessórios lideram com R$ 65 para os meninos e R$ 69 para as meninas, mensalmente. Nas classes A e B esse valor pode chegar a R$ 87. As categorias de saúde e beleza, restaurantes fast food e diversão, eles gastam R$ 34 para cada uma delas. Transporte público fica com R$ 33.
Já com telefone celular, eles gastam cerca de R$ 25. Aliás, esse item está nas mãos de oito em cada dez adolescentes. Entre as principais funções estão enviar SMS, tirar foto e ouvir música. Somente 4% utilizam o aparelho como forma de mídia para se atualizar via Internet.
A maioria dos jovens ainda não possui conta bancária e nem cartão de crédito. O desejo de possuir essa forma de pagamento futuro é de 35% deles, mas apenas 7% conseguem realizar essa vontade. Do total de entrevistados, 14% tem cartão de crédito de lojas varejistas, mas esse percentual pode chegar a 27% entre os adolescentes de 18 e 19 anos.
Segundo Jorge Kodja, diretor comercial da TNS e responsável pelo estudo no Brasil, para a esmagadora maioria, a família é mais importante entre a escola e os amigos. Os adolescentes brasileiros são os que mais valorizam o núcleo familiar, demonstrando menor necessidade de libertar-se dele, explica.
Luan Vaz da Silva, estudante de Comunicação, revela onde gasta sua bolsa-auxílio: Tenho minha renda própria proveniente do meu estágio e toda ela é gasta com alimentação e passeios com a minha namorada, diz.
O presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, revela ser a situação acima uma raridade, pois muitos precisam trabalhar para pagar os estudos. Cerca de 63% dos universitários estudam à noite porque precisam da renda gerada pelo estágio ou outro tipo de atividade, afirma.
Se você já tem uma renda, procure fazer um planejamento financeiro. Caso ainda não tenha conseguido uma oportunidade, fique de olho no site do Nube para conseguir a sua. Boa sorte!
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