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Conhecimento em línguas é valorizado em vagas de estágio.

Há alguns anos, apresentar um currículo sendo bilíngue ou poliglota era um diferencial marcante para algumas empresas. Hoje, isso não mudou e, para se destacar no mercado e ter acesso às melhores oportunidades é interessante ir atrás de expandir o aprendizado para outras línguas, podendo ser um requisito de alguns locais. Pensando nisso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou, recentemente, um levantamento para ver quantas vagas têm essa exigência.

O inglês abre portas no mercado

Com a globalização, o Inglês se tornou ainda mais relevante e segue como uma habilidade de destaque para o sucesso na carreira. A digitalização e a ascensão do trabalho remoto abriram ainda mais portas. Dessa maneira, não é apenas um diferencial no CV (curriculum vitae), pode também dar acesso a melhores salários e benefícios.

Entre as organizações com espaço para novos integrantes, 94% não têm essa exigência. Das 6% colocando o idioma como um diferencial, há diferenças. Assim, 26,51% pedem um conhecimento básico (17,47%) ou técnico (9,04%), essencial para distinguir algumas palavras específicas de algumas áreas, como o famoso “ctrl c” e “ctrl v”, “save”, “delete”, “home”, entre outras. Outras 43,98% delas solicitam o nível intermediário. Isso decorre da necessidade dos colaboradores compreenderem expressões e até mesmo responder e-mails ou ajudar com a compreensão de relatórios, por exemplo.

Outras vagas esperam encontrar quem está no nível avançado (25,30%), quando a pessoa já tem maior entendimento e facilidade de um assunto. Por fim, apenas 4,22% almejam jovens com um nível fluente. “É muito comum as empresas exigirem conhecimentos aprofundados em vagas efetivas, principalmente para multinacionais apresentando foco na língua inglesa e hispânica. Para o estágio não é tão comum termos esse requisito, embora algumas vezes possa existir, dependendo do segmento”, explica Alyne Soares, selecionadora do Nube. Geralmente, são multinacionais, quando há um contato direto com colegas ou clientes de outros países.

Logo, ir atrás dessa formação é relevante e quem busca uma dessas chances, tem a opção de assistir a programas de TV legendados, ouvir músicas estrangeiras ou ler textos sem tradução. Essas práticas ajudam nosso cérebro a compreender melhor o sotaque, gramática e vocabulário. Assim, cria-se mais assimilação com o passar do tempo.

Falta capacitação para vagas mais exigentes

Apesar da nítida importância em contar com tal capacitação, a especialista do Nube afirma não ser fácil achar pessoas alinhadas com as características. “É muito difícil encontrar profissionais atendendo aos requisitos técnicos. Geralmente, focam em uma coisa de cada vez, apresentam um perfil elaborado em uma coisa e se esquecem ou não conseguem se especializar em outra. Um aspecto a se mencionar, também, é como a educação no Brasil não é algo de simples acesso à população, contribuindo diretamente para esse cenário. Muitos precisam custear os seus estudos e não conseguem conciliar financeiramente uma faculdade ou especialização com cursos de idiomas. Em um meio laboral cada vez mais competitivo, poucos candidatos poderiam ter conquistado essas chances”, esclarece.

Com esse cenário em mente, a selecionadora dá dicas para quem está iniciando sua trajetória agora e esbarra com essa realidade. “Busque conhecimento em plataformas digitais ou treinamentos on-line. Se você se encaixa nessa parcela com dificuldade para custear uma trilha de aprendizado, é ideal procurar materiais gratuitos na Internet e ter a disciplina de absorver de forma autodidata. Hoje, existem diversos canais no Youtube dedicados a esse ensinamento e é uma ótima maneira de começar”, pontua.

De toda forma, as organizações podem oferecer esse aprendizado e, com certeza, formarão grandes talentos. Muitos candidatos esperam por isso. Vale a pena investir e formar um time de sucesso.

O espanhol em destaque

Quando a pesquisa se volta ao espanhol como segundo idioma, os números são bem baixos: apenas 0,51% das vagas. Mergulhando nesse percentual, a maioria pede o básico (57,14%), seguido pelo intermediário (21,43%); avançado (14,29%); e fluente 7,14%. “Se o foco for atuar em marcas internacionais, vale a pena o investimento. Contudo, se esse não é o foco, se torna um destaque, podendo chamar a atenção positivamente do perfil, comparado aos demais candidatos em uma entrevista”, pontua Alyne.

De fato, outro ponto a ser considerado na hora de adquirir esse aprendizado é a superação de barreiras linguísticas, permitindo uma comunicação eficaz com clientes e parceiros, principalmente pensando em operações globais. Nesse mesmo viés, a participação em eventos internacionais, como conferências, workshops e outros encontros, traz oportunidades para aprender, conectar-se com profissionais e atingir novos patamares. Vale a pena sempre investir na carreira.

 

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