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O Eduployment como solução para minimizar a lacuna de empregabilidade. Diante de um cenário de demissões voluntárias e contínuas no mercado de tecnologia, a contratação por habilidades, experiências e formato de trabalho temporário despontam como principais tendências para o ano de 2023.

O fato gera também um aumento da escassez de talentos nas empresas, o que exige uma reinvenção criativa na hora de solucionar os problemas da empregabilidade.

RH TopTalks 2023

O modelo de incentivar a pré-qualificação de candidatos com microlearning (modelo de aprendizagem que possui uma abordagem de ensino diferente da tradicional) é uma das soluções que pode diminuir a lacuna entre o que as empresas precisam e a qualificação (prévia) das pessoas.

Nos próximos anos este problema será ainda maior porque o modelo atual tem formado candidatos não capacitados o suficiente para as vagas do mercado.

Esse novo modelo, chamado de eduployment, tem seu principal foco na construção de habilidades direcionadas aos requisitos e demandas das posições em questão. Isso vai muito além das capacitações feitas por cursos e faculdades, o modelo foca no desenvolvimento de habilidades específicas do candidato para a vaga que ele ocupa ou deseja ocupar.

Ensino superior não é o suficiente

Em 2022, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa que mostra que apenas 15% dos recém-formados conseguiram emprego em até três meses após a formatura. Dos 43,05% já inseridos no mercado, apenas 19,93% estão executando atividades relacionadas às suas profissões.

A pesquisa do Nube apontou ainda que 60,81% dos participantes fizeram estágio durante a faculdade, mas 65,71% relataram o fato de as empresas exigirem experiências que os candidatos não possuem como a maior dificuldade para serem aprovados para uma vaga. Com isso, podemos ver que somente a formação acadêmica e até mesmo a experiência adquirida em estágios não têm sido o suficiente para as corporações.

Recrutamento ágil e inteligente sem perder a humanização

Outro ponto a ser levado em consideração é que hoje muitas empresas são adeptas a automatização de seu processo de recrutamento e seleção, principalmente fazendo o uso de plataformas online, o que é bom, mas precisa de cuidado para não perder a humanização.

Existem casos em que tudo é tão automatizado que até a inteligência artificial reprova o candidato ideal por um simples erro de preenchimento ou interpretação errada do escrito no currículo ou no processo de qualificação online. Avaliações dessa forma também não consideram o potencial futuro do candidato, cometendo erros sistemáticos na análise de soft skills.

Veja mais: Do Metaverso ao TikTok: o que vem por aí nos treinamentos virtuais

Para piorar a situação, candidatos mais sofisticados já descobriram formas de “enganar” este sistema de seleção por IA. Por isso, além de ter um processo humanizado com processos inteligentes de engajamento, mas sem exclusão automática de candidatos, vejo no treinamento e qualificação também um ponto de diferenciação que pode ser trabalhado em conjunto com a inteligência para atrair e reter talentos.

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Eduployment para otimizar processos de R&S e retenção de talentos

Além desses pontos, as empresas que praticam o eduployment são envoltas por muitos benefícios, como otimizar custos com qualificação de colaboradores, já que elas mesmas promovem isso.

Existe também um aumento na produtividade de negócios, melhora no engajamento de equipes e uma construção de habilidades baseadas nas necessidades da empresa. Além da jornada inicial do candidato na empresa, a empresa também pode dar continuidade ao aprendizado interno ( EaD Corporativo ).

Já para o colaborador ou candidato, há o desenvolvimento de carreira, a valorização no mercado e o aperfeiçoamento de suas hards e softs skills, isso sem falar na possibilidade de transição de carreira para dentro ou fora da organização, além de movimentos horizontais (carreira T). O objetivo é tornar a pessoa a protagonista da sua carreira!

As empresas precisam entender que o sistema “externo” não está desenvolvendo os futuros colaboradores (candidatos) para as vagas atuais de mercado. Assim, as empresas precisam fazer parte deste ecossistema de desenvolvimento e não focar apenas na qualificação das necessidades específicas da empresa, mas também nas qualificações gerais que são também importantes para a qualificação do candidato à oportunidade da empresa (vaga).

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