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Para 27,13% dos brasileiros é possível aguentar ficar longe do celular por, no máximo, 24 horas. Os dados são de uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). Em seu site, a empresa questionou 28.466 jovens de 15 a 29 anos, entre 27 de junho e 8 de julho.

Para 31,43%, por sua vez, a ausência do aparelho é suportável por um final de semana prolongado. Segundo Gabriel Siqueira, facilitador de treinamento do Nube, existem diversas razões para esse anseio. “Muito do nosso cotidiano está vinculado ao celular, pois ele descomplicou diversas frentes e necessidades com inúmeros aplicativos gratuitos. Hoje, viver sem o aparelho se tornou um grande desafio, pois ele auxilia o usuário em vários momentos, como assinar documentos, pedir de comida, fazer compras, entre outros fatores”, afirma.

Ainda é válido destacar que, para 10,58% é impossível ficar mais de seis horas sem visualizar os apps e 3,16% consideram ficar longe do celular como uma tarefa difícil para, até mesmo, 30 minutos.

“Quando analisamos, estudos da área da saúde apontam efeitos nocivos do uso prolongado. Para quem manuseia o smartphone por mais de quatro horas por dia, é possível notar sintomas como dores no pescoço, ombros e punho, tendinite. A insônia também é um problema observado, pois a luz emitida prejudica a indução natural do sono ao ativar uma série de neurônios influenciadores do ciclo circadiano noturno”, alerta Gabriel.

Entretanto, a ideia é mexer cada vez menos nos dispositivos tecnológicos e só se logar quando realmente tiver um objetivo. Conforme 27,70% dos entrevistados, passar um tempo longe é uma tarefa tranquila, pois não faz falta e eles poderiam até parar. “A aplicação moderada é o ideal. Segundo a pesquisadora brasileira Ludmila Caroline Silva, é recomendado fazer pausas de 20 a 40 minutos a cada três horas consecutivas. Crianças acima de dois anos não devem passar mais de uma hora e bebês nem podem completar essa hora”, destaca o especialista.

 

Essa preocupação tem diversas razões. “Quando mal empregado, o instrumento se torna altamente viciante e acaba deixando a pessoa cada vez mais dependente, podendo gerar outras consequências psicológicas, como transtornos psíquicos, ansiedade e depressão. A Nomofobia já apresenta em sua definição o medo de ficar longe do celular e isso deixa o indivíduo aflito”, destaca Gabriel.

O especialista do Nube, no entanto, traz algumas recomendações para quem quer manusear menos os dispositivos. “Como muitas ferramentas tecnológicas, é preciso saber conciliar e observar como as utilizamos, qual a frequência e necessidade. Entender os sinais de dependências e tomar atitude para não prejudicar os âmbitos da sua vida também é fundamental”, conclui.

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