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51,86% não se incomodam com monitoramento, diz pesquisa do Nube.
Empresa não pode 'investigar' fim de semana do funcionário.

Pesquisa do Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios mostrou que a maioria dos jovens não se importa em ser monitorado pela empresa. Questionados sobre se sentiam incomodados em ser monitorados pela empresa, 51,86% disseram que não ligam para a "bisbilhotice".

Entre essa maioria, para 44,35% não existe problema, "afinal, é um ambiente voltado a negócios" e 7,51% alegam que "as pessoas precisam ser controladas para serem mais eficientes".

"Como o local é voltado para empreendedorismo e ganhos financeiros, é essencial administrar o gerenciamento de suas tarefas e seguir as normas pré-estipuladas. Afinal, diferente de um ambiente familiar ou informal, o colaborador é contratado para exercer determinadas atividades e a adaptação se torna necessária", esclarece Eva Buscoff, coordenadora de treinamentos internos do Nube.

Para 40,17%, "algumas coisas fazem sentido, outras não". Segundo Eva, o monitoramento faz parte da realidade empresarial, mas excessos precisam ser evitados. "Existe um limite entre vida profissional e pessoal e é saudável preservar cada um dos aspectos. Assim como o colaborador respeita a companhia, ela também deve respeitá-lo. Não se trata de uma investigação ou marcação individual e sim, uma prática adotada para todos".

Eva ressalta que é inapropriado, por exemplo, investigar o funcionário ao se dirigir ao banheiro ou sobre o seu final de semana.
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Outros 7,97% disseram ser contra o monitoramento na companhia, sendo que 7,06% prefere ser mais livre para produzir e 0,91% disseram ser "contra câmeras e monitoramentos".

Ao se sentir coagido e invadido, o primeiro recurso é falar com o gestor. Área de recursos humanos ou diretoria só devem ser acionadas em último caso. "Vale destacar ser assédio todo comportamento indesejado, baseado em fator de discriminação, praticado durante a rotina empresarial, com o objetivo ou efeito de perturbar ou constranger a pessoas, afetar a sua dignidade ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador", afirma Eva.

A pesquisa foi realizada com 8.041 respondentes entre 15 e 26 anos de idade, entre os dias 22 de junho e 1º de julho.

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