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Por Marcelo A. Treff, professor da PUC

Em tempos de crise, como a que se apresenta atualmente, invariavelmente ocorre diminuição de postos de trabalho. Este cenário, no qual navegam juntas oportunidades, inseguranças, flexibilidade e incerteza, possui elevado potencial de provocar um redirecionamento de carreira.

Nos últimos anos, é na chamada meia idade (entre 40 e 59 anos) que vem o desejo de promover rupturas na carreira. Uma pesquisa recente da DBM (agora LHH - Lee Hecht Harrison) aponta que profissionais entre 40 e 50 anos são os que mais desejam mudar e, trocar de carreira, pode ser uma opção ou imposição.

No filme Os Estagiários (2013), dois amigos na faixa dos 40 anos perdem seus empregos como vendedores tradicionais e decidem recomeçar a carreira estagiando no Google. Apesar de ser uma comédia, a situação retratada no filme, para a surpresa de muitos, é uma realidade no Brasil. Uma das razões mais comuns para começar um estágio mais tarde do que o usual é a transição de carreira. No entanto, em virtude do aumento de oportunidades no ensino superior, muitas pessoas voltaram a estudar (ou tiveram coragem para ingressar pela primeira vez) depois dos 30, 40 e, às vezes, 50.

Para o Centro de Integração Ensino Escola (CIEE) há cada vez mais quarentões que, como Billy e Nick (personagens do filme), buscam oportunidade em uma nova carreira ou consideram o estágio como porta de entrada para o mercado de trabalho.

Vale ressaltar que a Pesquisa Nacional de Bolsa-auxílio 2014, divulgada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) e realizada com 22.683 estagiários revelou que a média nacional do valor recebido pelo estagiário passou de R$ 859,45, em 2013, para R$ 969,83, em 2014. Ou seja, enquanto a inflação fechou o último ano na casa de 6,4%, a bolsa-auxílio cresceu o dobro, 12,8%.

Outros dados interessantes, divulgados pelo próprio Nube, revelam o valor das melhores bolsas: agronomia, R$ 1.622,00; estatística, R$ 1.564,83; ciências atuariais, R$ 1.526,82; economia, R$ 1.510,45; engenharia, R$ 1.354,26; química industrial, R$ 1.275,88 e ciências contábeis, R$ 1.197,21. O que, a meu ver, atualmente, também pode ser determinante para a busca de estágios depois dos 30 ou 40.

Para alguns recrutadores, em algumas áreas é interessante ter um estagiário com mais idade e experiência profissional em outros segmentos, sobretudo para determinadas áreas que exigem um grau maior de responsabilidade.

Portanto, com o aumento das oportunidades para ingressar em um curso superior, somadas às expectativas de transição de carreira e à uma possível crise do emprego, o mundo do trabalho cria mais possibilidades para estagiários acima dos 40 anos, que agregam não só a vontade de colocar em prática o que está aprendendo, mas também toda a maturidade, somada à experiência que muitos jovens ainda não tem.

Tags: 40 anos, estágio, foco na carreira, Os Estagiários, puc

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