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Quando se dá erro em português e outras disciplinas, a culpa integral nem sempre será do estudante

A respeito da matéria de agência de notícias, “Emprego. Português reprova 40% dos candidatos a vaga de estágios” (Editoria Brasil, página 13), na edição de ontem, 11, do O POVO, uma falha como essa pode ter origem lá no início do aprendizado escolar. Os dados são do Núcleo Brasileiro de

Estágios (Nube), que aplicou em 7.118 pessoas uma pesquisa ortográfica. Os mais precipitados podem interpretar como inadaptabilidade à nova ortografia. Entretanto, já se errava na construção das palavras na ortografia anterior.

Houve um equívoco no ensino brasileiro mais antigo de se priorizar o Português pelas regras. O idioma tem muitas conceituações que podem ser consideradas abstratas e os próprios linguistas e gramáticos divergem sobre diversos detalhes. A partir da entrada em vigor da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, houve um incentivo para que o alunos tivesse maior interesse pelo livro extradidático. A leitura de obras de autores que escrevem bem e a prática intensificada da redação podem ter mais efeitos do que se decorar regras.

O pior, como aconteceu na pesquisa supracitada, muitas pessoas têm acesso às universidades tendo conhecimentos insuficientes do idioma. O levantamento acima constatou que os estudantes do ensino médio lideram os resultados negativos do ranking. Há quem alegue que no tempo em que o ensino do latim era obrigatório nas escolas, ocorriam menos falhas no aprendizado de português. Contudo, sabe-se que, na época, nem todo professor do idioma romano era tão mestre assim na chamada última flor do Lácio. Muitas vezes, em algumas instituições públicas, como no Colégio Estadual Liceu do Ceará, sacerdotes católicos foram nomeados professores na falta de profissionais leigos para isso. Acontecia também no ensino da língua grega no Ceará.

Que uma pesquisa como essa do Nube chame a atenção do Ministério da Educação (MEC) e de secretarias estaduais e municipais do setor. Afinal, quando se dá erro em português e outras disciplinas, a culpa integral nem sempre será exclusiva do estudante.

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