Uma prova de ortografia da língua portuguesa serviu de base para uma pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), e os resultados ofereceram estatísticas preocupantes. Dos 7 219 estudantes avaliados, 28,8% seriam eliminados de um processo seletivos devido ao resultado fraco na prova de português.
O teste foi aplicado em forma de ditado com 30 palavras do cotidiano, como “seiscentos”, “escassez”, “artificial”, “sucesso”, “licença” e “censura”. Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros.
Separando por níveis de ensino, alunos de médio técnico lideram negativamente o ranking, já que 37% deles ultrapassaram as falhas aceitáveis. O melhor desempenho foi percebido entre os estudantes de ensino superior -- por mais que 28,5% deles tenham sido reprovados no exame.
Quem estuda em escola pública teve um desempenho pior (30%) se comparado a quem está matriculado em instituições particulares (17%). Já na faculdade os dados quase se invertem. Cerca de 30% dos jovens das escolas privadas foram reprovados, enquanto esse índice chegou a 19% entre os alunos das faculdades municipais, estaduais ou federais.
Em termos de cursos e carreiras, as áreas com os menores índices de reprovados foram Pedagogia (50%), Jornalismo (49%), Matemática (41,4%), Psicologia (41%) e Ciência da Computação (40%). Na outra ponta, com maior aprovação, estão as áreas de Comércio Exterior (83%), Medicina Veterinária (82%), Relações Públicas (80%), Engenharia de Produção (80%), Nutrição (75,5%), Engenharia Elétrica (74,5%) e Direito (74%).
