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Fala inglês, espanhol? Os dois? Parabéns. Num mercado de trabalho cada vez mais concorrido, falar mais de um idioma é um diferencial e tanto. Mas uma segunda língua não é suficiente para garantir sua vaga, se você não dominar a língua materna. E a falta de afinidade com o próprio idioma tem sido o calcanhar de Aquiles para os estagiários na hora das seleções, tanto para os bilíngues quanto para os que só falam o bom e velho português.

O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa para descobrir a quantas andava a afinidade dos estagiários com a ortografia das palavras. Para isso, avaliou o desempenho de 6.716 estudantes de diversas faculdades e níveis sociais diante de um ditado. Das 30 palavras ditadas, o estudante tinha direito a errar seis (20% do total). Se errasse mais, o candidato era reprovado. Resultado: 40% dos estudantes não passaram no teste ortográfico e foram eliminados da seleção.

Sem explicação

“O resultado foi abaixo do esperado tanto para nós como para o mercado”, diz Henrique Ohl, analista de treinamento do Nube. “Não há uma explicação exata para o fenômeno. Mas acreditamos que a linguagem da internet possa ter contribuído para o fato dos estudantes não saberem escrever certas palavras. Afinal, no ambiente online a comunicação além de ser simplificada, usa muitas abreviações.” Ohl explica ainda que o domínio da língua portuguesa é muito valorizado pelas empresas, “porque é indício de boa comunicação”.

Um ponto peculiar apontado pelo levantamento foi o melhor desempenho dos estagiários de nível técnico, em relação aos de nível superior. Enquanto o índice de aprovação foi de 63% para os técnicos, para os universitários foi de 60%. “Talvez isso aconteça porque os estudantes de escolas técnicas começam a se preocupar com o mercado desde o ensino médio, enquanto os outros deixam para começar a se preparar quando entram na faculdade”, opina o analista do Nube.

A área de comunicação foi, ironicamente, junto com área de informação, a que mais apresentou reprovação, com percentual de 49,45%. O estudante do 2º período de publicidade Cézar Castanha acabou tropeçando na redação que fez no teste para seu primeiro estágio. “Acho que escrevo bem, mas no dia específico do teste acabei não fazendo uma boa redação”, comenta o estudante, que acredita não ter problemas com o português. (H.B.)

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