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Dois anos em vigor, completados no próximo domingo, a Lei do Estágio trouxe benefícios a estudantes e incentivos fiscais a empresários. No entanto, um levantamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), divulgado nesta quarta-feira, mostra queda no número de estagiários no País: são cerca de 200 mil a menos.  

Antes da aprovação da lei, havia 1,1 milhão de estagiários no Brasil, sendo 715 mil do nível superior e 385 mil do Ensino Médio e Médio técnico, segundo o estudo. Hoje, esse número caiu para 900 mil, divididos respectivamente em 650 mil e 250 mil, uma diminuição de cerca de 20% no número total.

"A redução nas contratações ocorreu devido ao fato de os empresários não terem conseguido se adaptar, inicialmente, ao estágio de seis horas", explica Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube. "Hoje essa situação já se normalizou", completa.
 
Algumas vantagens foram instituídas para estimular as organizações a contratarem estagiários, como os incentivos sociais e fiscais, não precisando recolher INSS, FGTS, verbas rescisórias e 13º. "Agora, as empresas têm muito mais segurança jurídica", afirma Mencaci.

Neste mês, ainda de acordo com dados do Nube, há 18% de estagiários de nível médio, 6% de médio técnico e 76% de superior. Antes da nova lei, esses valores eram, respectivamente, de 34%, 1% e 65%.

A nova realidade, após dois anos, mostra ainda o impacto do artigo 17, responsável por limitar a contratação dos jovens do Ensino Médio regular a apenas 20% do quadro total de funcionários de uma empresa. "Infelizmente, há 8,3 milhões de estudantes desse nível e somente 3% conseguem estagiar. Com a nova determinação, esses jovens foram prejudicados", explica Mencaci.

Dicas para ingressar no mercado

Apesar da redução, a temporada de estágios neste ano já mostrou uma importante retomada no número de vagas. Somente o Nube ofereceu 15 mil oportunidades entre julho e agosto. Mas, segundo o núcleo, muitas ofertas não foram fechadas por falta de candidatos preparados. A analista de RH do Centro de Desenvolvimento Profissional (Cedep), Yolanda Brandão, dá a dica para quem deseja ingressar no mercado de trabalho ainda este ano.

"A concorrência é acirrada e os jovens devem estar preparados para encarar os novos desafios. Investir no segundo idioma, cursos extracurriculares e ter um bom português são iniciativas importantes para quem está nessa maratona".

Já o estagiário da empresa Total IP, Lucas Garcia dos Santos diz que "é importante conseguirmos um bom estágio não apenas para complementar a renda, mas principalmente como preparo prático para atuar nesse mercado de trabalho cada vez mais competitivo".

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