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O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) avalia que, após o episódio envolvendo uma estudante hostilizada por usar vestido curto na Uniban, em São Bernardo do Campo (SP), as empresas poderão adotar "cautela" ao contratar como estagiários estudantes da universidade.

Mas consultorias de recursos humanos ouvidas pelo G1 dizem que a repercussão do caso não prejudica a contratação dos profissionais vindos da Uniban, já que as empresas levam em conta a qualificação do candidato.

No dia 22 de outubro, Geisy Arruda, de 20 anos, aluna de turismo da Uniban foi hostilizada por colegas porque usava um vestido curto. As imagens das agressões foram gravadas por estudantes com telefones celulares e foram parar na internet – os vídeos serão usados pela polícia para apurar o caso. A estudante só deixou a universidade escoltada por policiais e usando um jaleco emprestado. A Uniban decidiu expulsar Geisy Arruda, mas três dias depois recuou e resolveu aceitar que ela volte a frequentar a universidade.

De acordo com Carmen Alonso, gerente de treinamento do Nube, o episódio pode causar impacto na escolha de estagiários oriundos da Uniban. “As empresas podem pensar antes e serem cautelosas na contratação, mas os agentes de integração irão negociar para que o estudante seja conhecido dentro do processo seletivo e avaliado por seu desempenho”.

Segundo Carmen, quem contrata pode ter receio ao pensar se o candidato não estaria envolvido no episódio, que pode ser interpretado como uma represália a uma pessoa. “Mas a empresa que não contratar por conta disso estará sendo tão preconceituosa quanto os alunos que se envolveram no episódio”, diz. Essa questão do preconceito tem que ser evitada, pois acreditamos que quem faz a escola é o aluno”.

Carmen orienta os alunos a não terem receio de colocar o nome da Uniban no currículo e procurar melhorar ainda mais seu desempenho na universidade. “Mostre bom senso, estude mais, se aplique o máximo possível e procure fazer trabalhos que trazem a prática do mercado”, recomenda.

Sem receio
Claudia Callé, consultora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, não acredita que a imagem dos alunos da Uniban seja prejudicada no mercado de trabalho.

“Não deve haver receio para colocação no mercado. Trata-se de uma questão pontual e comportamental e não de competência técnica que envolve conteúdo programático da universidade”, explica.

Para a consultora, não foi questionada a idoneidade dos professores nem a forma como os profissionais saem de lá tecnicamente, mas sim a idoneidade de uma aluna. E isso não deve interferir no processo seletivo das empresas.

Claudia diz que os recrutadores olham os nomes das faculdades nos currículos e são geralmente selecionados alunos que tenham se formado em faculdades de primeira linha. Mas, segundo ela, a preocupação é em relação à classificação da entidade junto ao Ministério da Educação. “Mas o episódio em questão não tem relação com o nível da universidade em termos de conteúdo didático nem com a formação de um candidato para determinada função”.

“Quem estuda lá deve buscar o melhor que a faculdade tem a oferecer, focar nos estudos e naquilo que ela tem como previsão de futuro e não na questão da imagem da universidade”, afirma. “Isso sairá da mídia em breve e não será relevante no futuro”, afirma Claudia.

Uso da internet
Guilherme Maciel, gerente de projetos do Grupo Foco, também acha que não haverá discriminação das empresas na hora de contratar profissionais oriundos da Uniban. “A gente observa que as empresas buscam profissionais qualificados e não a universidade que eles cursaram”, diz.

Para Maciel, os estudantes e profissionais devem se preocupar com o uso de ferramentas tecnológicas e da internet.

“O uso inadequado de qualquer ferramenta tecnológica pode atrapalhar a contratação, já que a internet é o meio de grande acesso e com certeza compromete se for usada contra a cultura e valores de uma empresa que está contratando”.

Para o consultor, os profissionais e candidatos a uma vaga de emprego devem tomar cuidado com o que escrevem, principalmente em redes sociais como Facebook e Twitt.

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