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São Paulo. O número de oportunidades de estágio disponíveis não é suficiente para absorver os estudantes universitários no Brasil. Hoje, existem 715 mil vagas em empresas para cerca de 4,68 milhões de alunos no ensino superior, de acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Estágios (Abres). Ou seja, na prática, apenas 15,3% dos universitários podem estagiar.

O cálculo leva em conta o último Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), referente a 2006, e dados da Pesquisa de Estágios da Abres, feita em 2008, com os chamados ?agentes de integração? — que fazem a ligação entre empresas e escolas — e as instituições de ensino.

?Faltam vagas?, resume Carlos Henrique Mencaci, presidente da Abres. ?De modo geral, as empresas não oferecem estágios porque têm medo de infringir a legislação trabalhista?, argumenta.

Pelas regras em vigor, o estagiário não se confunde com um trabalhador assalariado. Para fazer o estágio, ele deve estar regularmente matriculado em um curso reconhecido pelo Ministério da Educação. A empresa que oferece a vaga não é obrigada a pagar salário, contribuir para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou oferecer ajuda de custo para alimentação e transporte. Os pagamentos, comuns na maioria dos estágios, são feitos por meio de ?bolsas-auxílio?, não tributadas. O único encargo para a empresa é um seguro de acidentes pessoais, feito em nome do estudante.

Seme Arone Júnior, presidente do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nume) — que atua na integração de escolas e empresas — afirma que o número de vagas precisa, no mínimo, dobrar para atender os universitários.

Além disso, ele defende que o estágio não seja encarado como uma oportunidade para a contratação de mão-de-obra barata. ?O estágio não é tão barato, porque ele exige estrutura. O estudante precisa ter mesa e telefone, por exemplo.?

Arone Júnior explica que, para a empresa, o estágio é uma chance de encontrar talentos e se planejar para o futuro. ?O estudante aprende na prática a trabalhar e, se tiver bom desempenho, acaba sendo contratado.?

O estágio pode ser a porta de entrada no mercado. No Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), mais de 64% dos estudantes que conquistam vagas de estágio acabam sendo efetivados posteriormente. ?O estudante coloca em prática o que aprende na aula, leva para a empresa novas idéias e pode ser contratado?, diz Eduardo de Oliveira, superintendente de operações do Ciee.

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