Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou o Burnout como um fenômeno ocupacional. Desde então, observamos inúmeros casos de estresse crônico no ambiente de atuação ocasionado pelo insucesso no gerenciamento de atribuições. Embora esse já fosse um fenômeno em andamento, a pandemia chegou alterando completamente a rotina laboral e encurtando ainda mais a linha divisória entre vida pessoal e empresarial. As redes sociais se tornaram ainda mais presentes no dia de cada um, tanto para o lazer quanto na hora de comprar e vender. Nesse sentido, é preciso trabalhar as dinâmicas profissionais a fim de evitar o esgotamento mental e físico. Sendo assim, entenda a importância de desenvolver uma cultura de empatia em prol de um local acolhedor.
A positividade no trabalho é primordial!
Altos índices de ansiedade e depressão, desmotivação, infelicidade, isolamento social e Síndrome de Burnout. Essas constatações estão em alta quando o assunto é a conexão do indivíduo com o seu cargo. Seja pela insatisfação com a área de atuação ou companhia em questão, o número dessas realidades aumentou nos últimos anos. As demandas excessivas culminaram em uma sensação de despertencimento com o conjunto, impactando tanto a psique quanto o desempenho no ofício.
Conforme pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), entre 11 países, o Brasil está no topo dos quadros ansiosos (63%) e depressivos (59%) durante a crise sanitária. Ainda, de acordo com a Clínica Mayo, há alguns sinais comuns de exaustão: cinismo, confusão mental, desmotivação, dificuldades para dormir, irritabilidade, entre outros. Sobretudo, o lado positivo dessa situação complicada é o fato dessa não ser uma condição permanente, mas sim passível a mudanças.
Quando as pessoas não conseguem enxergar os seus objetivos de forma clara, se deparam com o desânimo diário de exercer funções das quais não acreditam. Para Mara Leme Martins, psicóloga e VP da BNI Brasil, sair da zona de conforto e conversar com novas pessoas é uma maneira interessante de promover networking e se inspirar nos negócios. “Dedique tempo aos relacionamentos já existentes. Estenda a mão e pergunte se as pessoas estão bem, se há algo a ser feito para ajudá-las”, aconselha.
Ainda, é preciso ter em mente a famosa frase: “gentileza gera gentileza”. Ao construir laços com os integrantes do quadro, promove-se uma confiança colaborativa muito valiosa para o convívio corporativo. “Os empreendedores, sendo tímidos ou não, precisam aprender os benefícios da filosofia givers gain, ou seja, se eu lhe ajudar indicando negócios, você vai se interessar em me ajudar também”. É a Lei da Reciprocidade em ação no mundo dos negócios”, complementa Mara.
Qual o caminho para se manter firme?
Como visto, é preciso estar bem consigo, com o próximo e com as responsabilidades do trabalho. Apesar de não ser uma tarefa tão simples assim, é possível seguir algumas dicas em prol de uma maior inspiração e pertencimento. Pensando nisso, Tatiana Ferreira, Diretora de Novos Negócios na Emplifi Brasil, aponta alguns direcionamentos para se manter firme. Confira!
Defina limites: saber separar as funções é fundamental para fazer as coisas darem certo. Quando não há equilíbrio entre as obrigações e um intervalo para si mesmo, fica difícil manter a constância tanto no humor quanto no desempenho. “Se você estiver trabalhando em casa, criar um espaço dedicado a isso pode ajudá-lo a distinguir entre o tempo profissional e o pessoal. Não importa de onde você atua, deve sempre agendar pausas ao longo do dia. Esses intervalos precisam ser off-line”, afirma.
Filtre o ruído: analisar bem os afazeres é crucial para saber quanta dedicação é exigida para cada uma delas. É preciso ser realista e se planejar de acordo com a sua disponibilidade na agenda, um cronograma bem elaborado é pautado pela atenção devida a cada atividade realizada. “Priorize aquilo a ser feito criando listas de tarefas curtas e alcançáveis. É fácil cair no ciclo sem fim das redes sociais quando você trabalha com isso para viver. Defina limites diários para navegação nesses canais e seja responsável pelo seu tempo”, pontua.
Delegue: se dar bem com todos os membros é imprescindível para tirar as coisas do papel. Contar com o suporte dos colegas colabora no direcionamento certeiro dos projetos em questão. Logo, fazer uma boa vizinhança é bom para a vivência e entrega de resultados. “É significativo pedir ajuda antes de precisar. Envolva colegas de equipe para apoiá-los nas tarefas diárias. Uma ferramenta de gerenciamento de mídia social pode ser uma aliada para auxiliar na criação de conteúdo, monitoramento, benchmarks de mercado, análises e muito mais”, acrescenta.
Mantenha hábitos saudáveis: conter o bem-estar é necessário priorizar as noites de sono bem dormidas e a nutrição regular do organismo. Isso garante maior disposição, criatividade e atenção. Uma rotina repleta de autocuidados é essencial para uma carreira promissora. “Priorize sua saúde para se preparar para o sucesso. Coma refeições saudáveis longe de sua mesa, se exercite ou medite. Cuidar do seu corpo pode evitar o esgotamento”, ressalta.
Converse com seu empregador: o diálogo pode ser a peça-chave para a conscientização coletiva do ambiente. Por meio de uma comunicação eficiente, é possível desenvolver um relacionamento de parceria com todas as partes do grupo. Tal conduta é significativa tanto para os gestores quanto para os demais colaboradores. “Existem várias maneiras pelas quais os empregadores podem ajudá-lo a lidar com o estresse no local de atuação e apoiar a sua saúde mental. Afinal, segundo um estudo recente, 56% dos funcionários listaram a flexibilidade em seu dia como a principal forma de apoio por parte das firmas”, finaliza.
Torna-se evidente, portanto, como fazer amizades no serviço pode deixar os colaboradores mais engajados e felizes. Portanto, na hora de selecionar candidatos, é necessário mentalizar um time coeso e fluido para o bem de todos. Desse modo, a cultura da organização é fortalecida juntamente da produtividade. Assim, há uma naturalização dos vínculos empregatícios e a consequente diminuição do desinteresse colaborativo.
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