Falar em equidade é um caminho para transformar a sociedade como um todo. Por isso, é essencial focar na diversidade de gênero dentro das empresas. Conforme dados do Nube, 37% ressaltaram como as instituições valorizam essas ações, mas ainda devem melhorar. Sendo assim, como garantir isso na prática?
Equidade é a melhor estratégia para a organização crescer
De acordo com Luciana Cattony, cofundadora da Maternidade nas Empresas, a representatividade feminina ainda é baixa apesar das inúmeras vantagens. “As empresas com maior diversidade de gênero no topo da organização tem 21% a mais de chance de apresentar um resultado acima da média do mercado. Se for eliminada toda e qualquer forma de descriminiação das mulheres no trabalho, a produtividade por pessoa pode aumentar em até 40%”, ressalta.
Para ela, não é preciso estar em alta posição para entender como focar em ações como essa são capazes de causar a transformação. “Instituições compostas por, pelo menos, 30% de mulheres em papéis de liderança são 1.4 vezes mais propensas a ter um crescimento contínuo e lucrativo. Isso é dado e já está provado! Ou seja, a equidade de gênero é sim um excelente negócio”, finaliza.
Cenário brasileiro destaca a necessidade de equidade no trabalho
Segundo um estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as brasileiras desempenham uma carga maior de tarefas domésticas e cuidados não remunerados em comparação aos homens. A pesquisa mostrou um acréscimo de 21,3 horas semanais nessa jornada, fora o expediente corporativo.
Ainda, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54,5% das mulheres, com 15 anos ou mais, integravam a força de trabalho no país em 2019. Entre os homens, esse percentual foi 73,7%. Já em 2022, 28% delas estavam ocupadas em tempo parcial (até 30 horas semanais), quase o dobro (14,4%) do verificado para os homens. Como garantir números mais justos e qual o papel das corporações nas políticas de igualdade e diversidade?
De acordo com Stéfano, executivo de operações, é preciso ter propósito. “Quando comecei a mergulhar mais no tema, percebi ganhos profissionais. Por exemplo, desenvolvi uma escuta mais ativa e a liderança mais participativa. Independentemente do gênero, as pessoas podem contribuir muito com os nossos desafios e o desenvolvimento da nossa comunidade. Então, adotar estratégias de intencionalidade para equidade transforma não somente as organizações, mas também a gente como ser humano”, comenta.
Dicas e estratégias para aumentar a diversidade de gênero
Para Tamiris Hilario, head de Comunicação da Diversitera, existem diversas táticas para melhorar essa questão no empreendimento. “Quando pensamos nas principais estratégias abordadas para promover a equidade de gênero no ambiente de trabalho, temos um leque de possibilidades”, afirma.
Nesse cenário, Tamiris apontou algumas ações. “Separamos algumas consideradas fundamentais e recorrentes, dado a nossa experiência de mercado”. Veja:
- Processo seletivo: segundo a head de Comunicação, diz respeito a um recrutamento mais inclusivo. “A primeira delas é sobre a reserva de vagas afirmativas, específicas para determinado marcador social, nesse caso de mulheres”, aponta.
- Porcentagem de atuação: é importante ter esse espaço corporativo para elas. “Também é necessário estabelecer uma porcentagem mínima de mulheres ocupando cargos e áreas definidas, quando se identificar um déficit da presença delas, seja exercendo funções particulares ou em segmentos prévios da organização”, acrescenta Tamiris.
Como destacado, nesse cenário, começar por um processo seletivo diverso e inclusivo é a melhor estratégia, pois já desenvolve o talento desde o princípio para ocupar cadeiras cada vez mais altas. Gostou das dicas? Se estiver precisando de auxílio para decolar na carreira, conte conosco! Seja nosso seguidor nas nossas redes sociais: @nubevagas. Lá, acompanhe informações diárias de ações, vagas de estágio e aprendizagem, palestras, vídeos e muito mais. Não perca os conteúdos do blog e da TV Nube. Esperamos por você!