A maturidade, comumente associada à estabilidade, também marca uma fase de grandes mudanças, principalmente para as mulheres. De acordo com uma pesquisa da Maturi e NOZ Inteligência, 70% das brasileiras entre 43 e 82 anos estão passando por transições de carreira, em busca de um equilíbrio mais saudável entre a vida pessoal e profissional.
As mulheres em transição de carreira
Elas estão reformulando o conceito de trabalho. A maioria (55%) opta por atuar como consultoras, autônomas ou freelancers, buscando mais flexibilidade e autonomia. Outras 33% estão se aventurando no empreendedorismo, buscando independência e realização pessoal. “Esse fenômeno reflete traços únicos de sua geração. Foram pioneiras em diversos campos, lutando por espaço no mercado enquanto criavam suas famílias. Sua resiliência e visão de mundo as preparam para recomeçar, explorar novos caminhos e se adaptar às exigências atuais”, comenta um dos fundadores da FM2S, Virgilio Marques.
Portanto, esse movimento se trata de um resgate de identidade e reflexão sobre valores. “Elas superaram inúmeros desafios no passado e encontram na experiência uma fonte de força, compreendem as dificuldades e reconhecem as oportunidades. A capacidade de se reinventar e de aceitar o novo define essa geração e as transforma em protagonistas de suas próprias histórias”, explica Marques.
Como fazer uma boa transição de carreira?
Em algum momento, muita gente pensa em trocar de profissão. “Não é apenas sobre mudar de emprego, mas sim de redescobrir quem somos e quem queremos ser. A questão principal é: como se preparar para essa transformação? Embora cada transição tenha suas particularidades, elas compartilham três etapas essenciais: autoconhecimento, planejamento estratégico e uma comunicação eficaz”, ressalta o empresário.
O primeiro passo é entender as motivações. Pode ser insatisfação com a situação atual, a busca por novos desafios ou a vontade de alinhar a carreira com um propósito pessoal. Independentemente da razão, a jornada começa com uma reflexão interna. As mudanças bem-sucedidas não acontecem por impulso. “É fundamental analisar quais habilidades são necessárias para o futuro cargo. Isso pode envolver cursos, formações acadêmicas ou até ganhar experiência”. O especialista conta uma vivência: “certa vez, cometi esse erro, cedendo à pressão de uma ex-parceira. O resultado? Perdi mais de dois milhões de reais, desperdicei cinco anos da minha vida e ainda terminei o relacionamento. Não recomendo seguir esse caminho”.
Por último, é preciso considerar a forma de comunicar essa transição. Isso pode ser desafiador, especialmente em uma cultura de valorizar a estabilidade. A honestidade consigo mesmo e com os outros é essencial. Ao compartilhar essa mudança, destaque os motivos e quais ações está tomando para concretizá-la. Isso ajuda a fortalecer seu compromisso com o novo caminho.
Há diversos tipos de transições, cada uma com suas especificidades. Desde mudanças radicais, como sair do mundo corporativo para empreender, até ajustes dentro da mesma área, como migrar de uma função técnica para um cargo de liderança.
Não se trata de deixar o passado para trás, mas sim de utilizá-lo como um alicerce para construir o futuro. Cada passo deve ser dado com cuidado, mas também com a coragem de quem reconhece essa rota como inevitável e positiva. “Essas decisões nos impulsionam para frente, ajudam a crescer e a se adaptar. Enfrentá-las com sabedoria é um dos maiores desafios, mas também uma das maiores oportunidades da vida”, complementa o executivo.
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