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Cresce o uso de IA em processos seletivos 

Notícia | 29/08/2024

Laura Pereira

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) se tornou indispensável no dia a dia de muitos brasileiros. Nesse cenário, há dados alarmantes no mercado de trabalho, como seu uso sem consciência. De acordo com uma pesquisa do Nube - Estagiários e Aprendizes, mais de 36% das redações, entregues durante o processo seletivo para estágio, são desenvolvidas por IA ou com a ajuda da tecnologia. 

É “fácil” perceber a IA no processo seletivo

Segundo os dados, 25% das dissertações foram feitas totalmente pela ferramenta. “Conseguimos perceber de duas maneiras. Em primeiro lugar, notamos frases recorrentes nesse tipo de escrita, elas possuem características bem comuns e são bastante repetitivas quando analisamos as redações em massa”, afirma Helenice Resende, gerente de recrutamento e seleção do Nube. 

O uso da IA demonstra falta de autenticidade e limitação de habilidades essenciais para o mercado de trabalho, além de direcionar as informações para um viés nada individual. “Em segundo lugar, o candidato também é avaliado por outros meios e, cedo ou tarde, conseguimos captar como o desempenho na escrita não condiz com o perfil apresentado”, acrescenta. 

Essas considerações também abraçam outra estatística: 11% servem-se do mecanismo para elaborar seu texto. “Eles optam por utilizar a IA por vários motivos. Por exemplo, devido à praticidade de não precisar escrever nada, ou mesmo a agilidade de entregar a redação e, principalmente, driblar a avaliação dos selecionadores, conseguindo a aprovação sem grandes esforços. Porém, o resultado alcançado é o oposto do esperado”, comenta Helenice. Certamente, isso prejudica a imagem de quem faz isso.

Há consequências para quem usa IA no processo seletivo 

Conforme a gerente do Nube, existem algumas consequências para os candidatos capazes de aproveitar a IA durante o recrutamento. “É condizente com uma falta de ética. Afinal, se é solicitado à pessoa escrever uma redação, não deve copiar e colar e, sim, desenvolver algo do zero com suas próprias ideias”.

Ou seja, ao contar com a expertise da IA, o indivíduo age de má-fé com a intenção de driblar as considerações do selecionador. “No entanto, isso é um tiro no pé, porque ele não é avaliado apenas pela redação, mas também por outras ferramentas. Com isso, certamente, percebemos se realmente é o responsável pelas palavras entregues. Quando fica comprovado, acontece a desclassificação automática”, adiciona Helenice.  

A Inteligência Artificial se tornou corriqueira para profissionais 

Independentemente da área de atuação, essa inovação ganhou espaço na rotina laboral de grande parte da população. Segundo uma pesquisa global, realizada pela IBM (International Business Machines Corporation), 41% das empresas brasileiras empregam IA em seus processos. “De forma geral, facilita muito nosso cotidiano, é uma maneira rápida e prática de acessar informações, além da possibilidade de ser um auxílio em atividades específicas e repetitivas”, aponta a especialista. 

Enfim, o levantamento do Nube apontou: 64% das redações são autorais. O número é maior quando comparado com aquelas dissertações feitas por IA. Entretanto, o estudo revela uma tendência para o futuro. “Existem alguns contras dessa manipulação. Quem utiliza de maneira deliberada, não analisa se o conteúdo faz sentido ou não. Outro ponto preocupante é sua aplicação o tempo todo, pois faz o profissional deixar de treinar, aprender e evoluir seus conhecimentos”, finaliza Helenice. 

Fonte: Helenice Resende, gerente de recrutamento e seleção do Nube

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