Segundo uma pesquisa, realizada pela Australian Psychological Society, 4 em cada 5 pessoas ocupadas por seus hobbies, sentem alívio do estresse, aumento da criatividade e desenvolvimento de novas habilidades. A ideia de juntar a atividade do seu tempo de lazer como a principal renda financeira ocupa a mente de muitos estagiários, aprendizes e efetivos. Também conhecidas como “Mad Skills”, essa capacidade é conhecida por abrir portas profissionais e auxiliar no bem-estar do indivíduo.
O que são as “Mad Skills”?
A fim de explicar esse conceito, Filipe Colombini, psicólogo especializado em Acompanhamento Terapêutico e CEO da Equipe AT, comenta: “as mad skills, na mesma linha das soft skills, são habilidades comportamentais, mas neste caso o indivíduo às desenvolve a partir de um interesse pessoal”. Para exemplificar, o especialista comenta sobre o apresentador de stand up. “Essa pessoa precisa lidar com situações como exposição social, julgamentos, planejamento de discurso, improvisos, etc, e toda essa aprendizagem pode ser utilizada no dia a dia laboral”, destaca.
Cada vez mais, as capacidades socioemocionais são avaliadas durante os recrutamentos. “Obviamente, as habilidades técnicas para o trabalho são fundamentais. Porém, estas são moldadas justamente a partir das habilidades comportamentais e, portanto, a forma como se organiza, toma decisões, planeja metas e lida com a ansiedade e o medo também precisam ser minuciosamente avaliadas na hora da contratação”, conclui Colombini.
Existem muitas possibilidades para desenvolver as “Mad Skills”
Outro exemplo pode ser visto na trajetória de Gabriel Farrel, CEO e sócio-fundador da Borda & Lenha, a primeira rede de fast-pizza do Brasil. Aos 21 anos, ele montou um forno a lenha na caçamba de uma caminhonete e projetou a estrutura em pallet para vender pizzas nos eventos de rua do Rio de Janeiro.
Em 2021, a marca participou de um programa de televisão no qual os investidores faziam aportes em protótipos e produtos já desenvolvidos. Dessa forma, conquistou a parceria do empresário José Semenzatto e do ator Felipe Titto, crescendo 650% em número de unidades em um ano.
Já em 2023, Farrel encontrava muitos desafios no universo empreendedor e achou a solução para enfrentar o medo nos esportes radicais: começou a praticar o base jump, modalidade do paraquedismo. De acordo com ele, a atividade tem muito a ensinar para o mundo dos negócios. “Nesse esporte aprendi a lidar com calma e tranquilidade em situações de pressão, a tomar atitudes e decisões em um curto período de tempo, além de entender como nem tudo vai sair conforme planejamos”, comenta.
Como aflorar minhas “Mad Skills”?
Uma coisa é certa: elas são desenvolvidas ao longo das diversas situações da vida. Porém, naturalmente, algumas pessoas têm mais dificuldade nesse aspecto. Todavia, provado pela neuroplasticidade, todo ser humano consegue aprimorar essas competências, seja por meio de treinamentos ou cursos práticos.
Para Colombini, o acompanhamento terapêutico também pode ser uma chave. “Ao atuar como um mediador social, incentivando a participação do paciente em atividades em grupo e ajudando-o a compreender em profundidade as dinâmicas sociais, o AT colabora diretamente para o aperfeiçoamento das suas habilidades comportamentais, sejam elas soft ou mad skills”.
De forma geral, essas aptidões estão em tudo, podem ser vistas ao andar de skate, praticar a fotografia ou mesmo jogar RPG (Role-playing Game), por exemplo. “Interagimos em contextos múltiplos e quem faz a aplicação e direcionamento das maestrias para determinados ambientes somos nós. Portanto, em qualquer situação de exposição e interações com pessoas, sempre há ganhos em aprendizagem social”, finaliza o especialista.
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