Imagine um ambiente de trabalho onde a colaboração reina, as ações são guiadas por valores compartilhados e um propósito comum une a equipe. Esse é o cenário ideal e almejado por muitos colaboradores. Eles buscam empresas em sintonia com seus próprios valores e princípios. Essa procura por alinhamento leva, inclusive, à recusa de oportunidades em organizações com boas ofertas financeiras, mas divergências de conceitos.
O que é cultura organizacional?
O segredo para essa harmonia é a cultura organizacional, a definição da essência de um negócio. Ela se manifesta nos comportamentos da equipe, moldada pelas experiências do dia a dia, hábitos e percepções. Essa prática é fundamental para o engajamento e a retenção de talentos, combatendo a rotatividade indesejada.
Em contrapartida, a visão da empresa sobre como os colaboradores devem se comportar e quais ações devem ser adotadas. “Ao apresentar um código de cultura e ‘vender’ uma imagem ideal, a companhia assume o compromisso de agir de acordo com os princípios e valores ali descritos. Caso a prática não acompanhe o discurso, a organização perde credibilidade, gerando problemas como alta rotatividade, insatisfação e desalinhamento”, explica o CEO e fundador da TeamCulture, Rafael Bueno.
Para alcançar esse objetivo, é preciso ir além da definição dos desejos. É essencial implementar estratégias eficazes. Nesse sentido, Bueno indica três opções para quem pretende aplicar essa alma em sua corporação.
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): por meio do PDI, os colaboradores definem metas, recebem feedback e participam de treinamentos específicos, aprimorando suas habilidades e competências.
Comunicação transparente e aberta: isso significa manter um diálogo constante e claro, utilizando diversos canais de comunicação, como reuniões, newsletters, plataformas on-line e eventos.
Processos de trabalho alinhados: é preciso criar sistemas, ferramentas e normas para manter todos os integrantes do time atuando em sintonia.
Aplicando esses três conselhos, o CEO enxerga alguns benefícios tangíveis para os líderes:
Engajamento e retenção de talentos: a equipe fica mais motivada e satisfeita com o trabalho, reduzindo a rotatividade e o turnover.
Melhoria do desempenho: aumenta a produtividade, criatividade e capacidade de resolução de problemas.
Fortalecimento da imagem da empresa: constrói-se uma marca forte e atraente, tanto para clientes quanto para possíveis contratados.
Como cuidar da cultura organizacional?
A cultura organizacional é uma espécie de coração do estabelecimento e influencia diretamente a conquista dos objetivos. Para o fundador do Giants,Marcus Marques, tudo isso depende dos valores da companhia. “Além de palavras em um papel, eles devem ser vivenciados diariamente por todos os níveis, desde a liderança até os estagiários e aprendizes”.
Para isso, os gestores precisam ser o exemplo, em suas ações e decisões. Ademais, é crucial integrar esses fatores em todos os processos, desde a contratação até as avaliações de desempenho. Além das questões já citadas, Marques traz outras possibilidades para os empresários. “Sessões de brainstorming e oportunidades de promoção podem facilitar essa jornada. Quando os indivíduos têm suas ideias valorizadas e veem espaço para crescer, se tornam mais comprometidos”.
Reconhecer as conquistas também é imprescindível. “Programas de recompensas, desde bônus até elogios públicos e prêmios são interessantes”, explica o especialista. Não adianta a empresa ter um belo discurso, se no cotidiano, as pessoas vivenciam outra coisa. Nos dias atuais, os gestores precisam ser criativos e dar valor a seus comandados se deseja ter sucesso em um mercado tão competitivo.
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