Dentre as inúmeras dificuldades encontradas pelas empresas na hora de contratar bons profissionais, duas questões se destacam: a falta de capacitação adequada e a inserção de informações falsas na apresentação. Tendo em vista esse contexto, para se sair bem no meio de trabalho, estagiários e aprendizes devem se atentar a certos itens, como um currículo bem formulado. Aprenda mais sobre o tema agora!
A organização do CV abre portas profissionais
Muitos profissionais estão prontos para explorar novas oportunidades e a atualização do seu cartão de visitas é o ponto-chave. “Com um documento bem elaborado, contando de forma direta sobre a formação e a experiência, há mais chances de abrir portas no mercado”, aponta Gabriela Mative, head da Adecco Staffing.
Pensando por esse lado, alguns pontos devem ser destacados. “Precisa colocar o nome, telefone, e-mail e links para perfis on-line (como LinkedIn). Muitos perdem um emprego porque os dados estão errados ou desatualizados. Também sugiro focar no resumo do início, onde pode-se destacar habilidades, experiências e objetivos, tudo isso de forma breve, sem delongas”, indica.
Ademais, estar por dentro das tendências do momento é crucial para se destacar. Nesse sentido, o aprendizado deve ser constante, tendo em vista, principalmente, o processo de inovação contínuo o qual a sociedade se encontra com a tecnologia. “Hoje, é primordial buscar o conhecimento e incluir a obtenção de novas certificações ou a participação em webinars e workshops em seu currículo”, sugere Gabriela.
Do currículo à entrevista
Para chamar a atenção positivamente, é impossível deixar a preparação para a entrevista de lado. Nesta etapa, o ideal é pesquisar ao máximo sobre a companhia e a vaga, entender os requisitos, a procura, qual o intuito e valores locais. Assim, as chances de estar melhor disposto para responder todas as questões aumentam e, consequentemente, o desafio é menor. Lá, serão feitas indagações a respeito de experiências pessoais. É interessante saber aproveitar esse momento para se expor na medida certa, assim como tirar todas as dúvidas sobre o cargo.
No geral, é indispensável não desistir e se manter firme para encontrar a ocupação dos sonhos. “A busca por emprego pode ser longa. Não desanime se você não receber uma oferta imediatamente. Continue se candidatando, aprimorando seu curriculum e competências”, finaliza.
Fraude e desatualização: problemas comuns em currículos
Conforme uma pesquisa da Heach Recursos Humanos, a adulteração desses certificados aumentou com a pandemia. Em 2020, último dado disponível, 61% dos analisados apresentaram algum tipo de modificação. Em 2019, o índice era de 42%. De fato, a rotina de uma equipe de recrutamento e seleção é cercada pela insegurança nesse quesito, levando ao uso de soluções alinhadas ao background check, verificando a identidade dos envolvidos.
De acordo com outro estudo, da plataforma SaaS, o volume de pedidos de dossiês voltados a investigar aspectos relacionados à conformidade dessas declarações elevou 150% nos últimos 12 meses. “Se pegarmos desde 2020, as consultas dobraram devido a mascararem seus documentos, levando a graves consequências para as empresas. Com a busca de dados em bancos públicos ou privados os interessados conseguem confirmar os antecedentes. Isso é importante para aumentar a segurança em novos relacionamentos, prevenir riscos reputacionais e evitar o envolvimento em atividades ilícitas”, explica Alexandre Pegoraro, CEO da Kronoos.
Logo, tal confirmação é recomendada visando garantir maior confiabilidade dos registros, aprimorar a qualidade das relações, diminuir possíveis quebras de contrato e reduzir erros. “O método é recomendado em diversas situações onde a obtenção de elementos precisos sobre o histórico de uma pessoa é essencial para tomar decisões mitigar riscos”, afirma.
A LGPD e o uso de dados no processo de recrutamento
Estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) atualmente é um ponto indispensável de cuidado para um estabelecimento. Para isso, é significativo obter o consentimento adequado das partes e tratar todas as coletas com confidencialidade e respeito à privacidade de cada um. “Esta é uma das regras previstas. Por essa razão, é fundamental obter o consentimento dos pesquisados antes de realizar qualquer coisa e garantir o uso apenas para fins legítimos e autorizados”, explica Pegoraro.
Nesse cenário, as decisões da Justiça do Trabalho devem ser levadas em consideração com cautela. Assim, consoante os Recursos Repetitivos do TST (Tribunal Superior do Trabalho), o meio só pode exigir o histórico criminal em funções onde o empregado lida com fatores de alto grau de confiança, como dinheiro, privacidade, pessoas vulneráveis, dentre outros.
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