A pressão constante, prazos apertados e a competição acirrada podem levar a altos níveis de estresse no ambiente de trabalho. Isso porque vivemos em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico e desafiador, tornando a saúde mental dos colaboradores um elemento crucial para o sucesso das companhias. Sendo assim, compreenda como o cuidado com a integridade de estagiários, jovens aprendizes e efetivos faz toda a diferença no clima organizacional.
A inovação cultural é indispensável
De acordo com informações fornecidas pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores no Brasil enfrentam a Síndrome de Burnout. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica como cerca de 90% da população mundial experimenta estresse, e o Brasil figura como o segundo país com o maior índice de pessoas afetadas por esse problema, conforme apontado pela Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMS).
Dessa forma, a inovação dos negócios deve estar presente não apenas nas ferramentas rotineiras, como também na cultura empresarial. “Se acostumar com um único modelo de trabalho é fácil e confortável. Contudo, gerir uma firma não pode ser baseada no conforto do conservadorismo. Se não atende às necessidades do negócio e dos trabalhadores, a mudança precisa acontecer para ontem”, pontua Luciana Carvalho, CEO da Chiefs Group.
Como lidar com os transtornos mentais?
Embora a preocupação com a psique no meio laboral não seja algo novo, estamos atravessando uma fase na qual temas como ansiedade e depressão tornam-se cada vez mais presentes. Esse fenômeno é reflexo do aumento no diagnóstico de transtornos, impactando significativamente todas as áreas da vida da população. Nesse contexto, selecionamos quatro dicas para lidar com essa temática no espaço corporativo. Confira!
Entenda sobre a pauta: muitos profissionais enfrentam dificuldades para compreender o tema, não apenas devido ao estigma associado, mas também à falta de clareza sobre o conceito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, indo além da mera ausência de doenças.
Logo, essa condição tem o potencial de elevar significativamente os índices de rotatividade na corporação, além de afetar tanto a performance individual quanto a coletiva. “Isso impacta diretamente na maneira como os indivíduos realizam seu trabalho diário. Em sua forma mais severa, os transtornos podem até mesmo impossibilitar uma pessoa de manter um emprego”, comenta Tauane Santos, especialista em Recursos Humanos.
Atente-se aos indícios: um desafio inerente ao esgotamento dos funcionários é a singularidade de cada caso. Alguns colaboradores podem vivenciar um processo mais lento, com sintomas intensificando gradualmente ao longo do tempo, enquanto outros podem atingir um ponto de inflexão e “explodir” abruptamente. Existem diversos indicadores quando alguém está enfrentando dificuldades, sinais dos quais líderes podem e devem observar. Dentre eles, está a incapacidade de tomar decisões simples, surtos emocionais, cometimento de erros claramente evitáveis, irritabilidade, pessimismo, falta de envolvimento na equipe ou distanciamento das interações.
Analise a exaustão: após identificar as primeiras evidências de desgaste, o próximo passo consiste em confirmar eventuais suspeitas. Contar com um diálogo empático durante reuniões individuais é fundamental para criar um ambiente propício à discussão sobre o assunto.Para isso, é relevante formular questionamentos para facilitar a abordagem natural do tópico principal. “Essas perguntas devem fornecer pistas sobre possíveis gatilhos e causas do esgotamento do colaborador enquanto evita um tom de melhoria de desempenho no qual possa alarmá-lo”, completa Tauane.
Evite problemas futuros: atualmente, as organizações também devem contemplar estratégias para lidar com esse desafio de maneira sustentável ao longo do tempo. Torna-se crucial educar todos os membros do time sobre como identificar seus próprios sintomas. Nessas horas, iniciativas como happy hours semanais e eventos sociais mais abrangentes podem contribuir. Portanto, os integrantes precisam sentir-se capacitados a agendar pausas rápidas e espontâneas, assim como a iniciar conversas quando necessário.
Por fim, é essencial proporcionar ao grupo uma educação em prol do debate sobre o tópico, compartilhando boas práticas acolhedoras. Reconhecendo a exaustão como uma condição legítima, é possível combater quaisquer estigmas negativos associados a ele. Longe de ser somente uma preocupação humanitária, a atenção à saúde mental é agora reconhecida como uma estratégia de negócios inteligente.
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