Aconteceu, em São Paulo, mais uma edição do evento +Café&+Gestão, promovido pela ABRH RMO - Associação Brasileira de Recursos Humanos da Região Metropolitana Oeste. A temática abordada no encontro foi “liderança e saúde mental: os bastidores da vivência Orizon”. A partir de trocas entre os convidados e uma palestra de referência, o assunto gerou diversos insights. Quer saber mais sobre a relevância da pauta para o segmento de recursos humanos? Como oferecer segurança psicológica por meio da cultura organizacional? Então, fique até o final desta matéria e se intere sobre os principais acontecimentos!
Veja o panorama da saúde mental no Brasil e como afeta o mercado de trabalho
Conforme os dados da OMS - Organização Mundial da Saúde, o Brasil é considerado o local mais ansioso do mundo. Em outro estudo, da Sapien Labs, sobre a saúde mental, o Brasil ocupou o terceiro pior índice em um ranking de 64 países, ficando abaixo apenas da África do Sul e do Reino Unido. Segundo os números, 33% dos brasileiros relataram sintomas relacionados a transtornos psicológicos.
De acordo com o Ministério da Previdência Social, os afastamentos por falta de segurança cognitiva aumentaram 38%, em 2023. Além disso, 30% da população presente no território nacional, sofre com a Síndrome de Burnout, relacionada ao esgotamento profissional, revela análise da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Esse cenário é, de fato, um alerta para as companhias.
A saúde mental impacta na cultura organizacional?
A discussão no evento começou com a seguinte reflexão para compreender a conexão desse aspecto com as empresas: “a saúde mental impacta na cultura organizacional? Qual o papel do líder?”. A resposta dos grupos presentes na dinâmica foi sim, a segurança psicológica dos indivíduos influencia diversos quesitos dentro de uma entidade. Logo, atinge diretamente os costumes da companhia.
Após isso, o especialista Eduardo Teixeira, superintendente de cultura organizacional da Orizon, a partir do case da própria empresa, dá orientações de como os líderes podem transformar as práticas e garantir bem-estar aos indivíduos também na corporação. Afinal, eles dedicam grande parte das suas vidas e conhecimento na sua função laboral, sendo essencial um ambiente saudável para executá-la. Quando isso não ocorre, as demais áreas particulares tendem a ser afetadas.
Como as empresas podem promover o bem-estar do colaborador em sua jornada?
O especialista começa indicando o método positivo Lean, segundo ele, adotado efetivamente por menos de 2% das instituições. Para esse modelo de gestão, os erros são considerados um tesouro, a divergência construtiva enriquece, é preciso apoiar a agenda coletiva e os líderes devem ser bons exemplos. Já nas empresas reais, ainda estamos presos em visões como aversão aos equívocos cometidos, a diferença de ideias é considerada oposição e os dirigentes são únicos.
Manter esse comportamento é prejudicial para a criação de estratégias, desenvolver um local de acolhimento e evolução do quadro. Conforme explica Teixeira, a construção de hábitos é fundamental, pois a clareza sobre eles é a responsável por definir os próximos passos rumo ao crescimento. “Não adianta apenas exigir mudanças, é preciso implementar procedimentos para elas acontecerem”, diz.
Nesse sentido, é preciso implantar o cuidado com o colaborador por mudanças simples. Entre os exemplos aplicados na Orizon, ele cita a monitoria emocional, a qual é designada uma pessoa para observar comportamentos incômodos durante as reuniões e a rede de colaboração, com o intuito de reduzir o ruído nas avaliações de performance.
Portanto, quando uma entidade consegue proporcionar um sistema capaz de expor erros e divergências, colaborar, compartilhar as dúvidas e aprender, arriscar e inovar ela atinge a segurança psicológica.
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