Nos tempos atuais, marcados por mudanças significativas nas práticas laborais e no entendimento do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a ideia de reduzir a semana para quatro dias tem ganhado relevância e destaque. Essa proposta audaciosa busca redefinir a dinâmica entre serviço e qualidade de vida, visando aumentar a produtividade, aprimorar a saúde mental e promover um ambiente mais sustentável e equitativo. Portanto, conheça os argumentos favoráveis para esse movimento e seus potenciais desafios na caminhada de estagiários e jovens aprendizes.
Qual o posicionamento dos brasileiros sobre o assunto?
Conforme dados analisados em uma pesquisa conduzida pela entidade 4 Day Week Global, a aprovação da semana de quatro dias úteis eleva em conjunto com as atividades realizadas remotamente. Nessa conjuntura, o estudo considerou 460 respostas, excluindo aquelas de pessoas desempregadas. Entre os 56 entrevistados atuando integralmente em home office, 85,7% mostram-se favoráveis a esse modelo. Enquanto isso, para os 170 profissionais adeptos ao hibridismo, a concordância foi de 80%. Já entre os 234 os inscritos exclusivamente no formato presencial, a taxa foi de 73,9%.
Logo, é inegável como esse fenômeno está em alta ao redor do globo e deve ser levado a sério pelas companhias em busca de modernização e novas dinâmicas de funcionamento. “Com essa jornada, é possível intensificar a motivação e reduzir a taxa de absenteísmo, além disso, pode ser uma maneira de atrair e reter talentos, tendo em vista como estão, cada vez mais, em busca de empresas das quais valorizam o equilíbrio profissional e pessoal”, aponta Vandson Cunha, especialista em recursos humanos.
Afinal, quais os pontos positivos da modalidade?
De acordo com um relatório divulgado pelas Universidades de Boston, Dublin e Cambridge, as firmas adeptas a essa novidade registraram um crescimento nas vendas, uma redução nos casos de burnout e menor nível de distração entre os integrantes do time. Inclusive, houve um aumento de 8% em suas receitas. Outra apuração feita pela Universidade de Oxford revelou como essa conduta poderia auxiliar na redução das emissões de carbono em até 22%.
Por essa razão, é de suma importância acompanhar as tendências laborais. Afinal de contas, as descobertas em andamento podem ser a solução para significativa parcela das adversidades encontradas no cotidiano. “Com a constante conectividade, tornou-se comum levar tarefas para casa, e isso ocupa o tempo de descanso. A introdução da semana de trabalho de quatro dias tem sido uma maneira das corporações combaterem o estresse e o Burnout, permitindo um dia adicional para se dedicar a questões pessoais e assim, aproveitarem verdadeiramente o fim de semana para descanso”, contextualiza Fernanda Mourão, CEO Spacein.
Apesar de ser uma metodologia extremamente atrativa, é necessário reorganizar as atividades em prol do cumprimento de metas e prazos em um período mais curto de tempo. Aliás, setores como o da saúde e educação exigem uma atenção maior, levando em consideração as dificuldades de adaptar-se a uma nova realidade. Por esse motivo, qualquer abordagem com esse viés deve ser feita de modo totalmente personalizado para alcançar a assertividade.
A flexibilização chegou para ficar!
Desde a pandemia, o mundo testemunhou a digitalização das mais variadas atividades. Não obstante, o meio laboral passou por uma intensa reestruturação diante da necessidade de manter o isolamento social. Com isso, o teletrabalho expandiu-se por vários territórios, quebrando qualquer barreira geográfica. Agora, a humanidade desfruta das inúmeras facilidades fornecidas pela tecnologia.
Nesse sentido, é imprescindível para os estabelecimentos escutar as demandas tanto do público interno quanto externo. A partir de feedbacks, é viável encontrar o caminho certeiro para os negócios. Como nunca, a sociedade prioriza o bem-estar, impactando diretamente o ramo empresarial. Seja qual for o segmento de atuação, é preciso abrir as portas para a flexibilização!
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