A diversidade laboral é uma pauta ampla, abrangendo diversos públicos, como os idosos. Conforme o Estatuto da Pessoa Idosa, do Governo Federal, são considerados integrantes deste grupo, indivíduos com 60 anos ou mais. Logo, afeta diretamente os estagiários, pois não há uma idade máxima para a modalidade. Dessa forma, entenda mais sobre a questão e não fique desatualizado!
O envelhecimento população brasileira em análise
O Censo 2022 mostrou um envelhecimento de 6,45% da população brasileira, ou seja, quase 5 milhões abaixo da estimativa do IBGE. O fato é atribuído aos níveis reduzidos de nascimento, migração para fora do país e queda da taxa de mortalidade. Na economia, pode afetar a quantidade de trabalhadores e a produtividade, além do aumento de demandas as quais geram desafios para o sistema previdenciário. Há também a diminuição na oferta de mão de obra, afetando o rendimento e o crescimento.
Contudo, apesar dos desafios, há oportunidades para o desenvolvimento de áreas específicas, com uma demanda por determinados serviços. “Saúde, cuidados de longo prazo, turismo voltado para a terceira idade, tecnologia assistiva e produtos de bem-estar podem se beneficiar. Empresas adaptadas e com soluções inovadoras para atender às necessidades desse público podem encontrar novos nichos e impulsionar o crescimento econômico”, indica Cris Sabbag, CDO da Talento Sênior.
Essa realidade também cria chances para a modernização, por meio da diversidade geracional, crucial para impulsionar a criatividade, renovação e o sucesso dos projetos. Segundo a FGV, os mais maduros são experientes e valorizam a estabilidade, enquanto os novos dominam as tecnologias e se adaptam rapidamente. Na tentativa de manter a multiplicidade, as firmas adotam políticas de RH limitadas a processos seletivos para a contratação dos idosos. Todavia, é crucial contemplar estratégias para reter e qualificar, favorecendo o engajamento.
Os mais velhos inseridos na mão de obra corporativa
Segundo um estudo realizado pela Top Employers Institute com 1200 negócios de diversos lugares, 50% das instituições europeias possuem políticas para atração e retenção de idosos, porém, no Brasil, o índice é de apenas 21%. “Eles precisam reconhecer a necessidade de estarem constantemente se atualizando. Lifelong learning é essencial para qualquer um no século XXI e, além disso, buscar oportunidades de aperfeiçoamento pode contribuir de forma mais efetiva para seu upskilling”, explica Andressa Bueno Serigato, professora da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios.
Conforme o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2040, 56% dos operários no Brasil terão mais de 45 anos. “Diante desse novo contexto, as organizações precisam pensar em adaptações culturais e tecnológicas facilitando o ajuste a essa movimentação”, finaliza Andressa. Logo, a promoção de uma inclusão verdadeira, englobando os processos de digitalização, é uma atitude imprescindível por parte das corporações.
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