No cenário contemporâneo, onde avanços sociais e econômicos são celebrados com frequência, a disparidade salarial entre gêneros permanece como um dos problemas mais persistentes e controversos enfrentados pela nossa sociedade. A busca incansável por igualdade, uma questão debatida por décadas, ainda se mantém relevante em 2023. Sendo assim, compreenda a importância de estagiários e aprendizes, os futuros profissionais do país, atentar-se quanto às causas subjacentes e as iniciativas em andamento para combater esse empecilho persistente.
Qual a conjuntura brasileira sobre o assunto?
De acordo com o Relatório Global de Desigualdades de Gênero do Fórum Econômico Mundial, em 2021, 37% das mulheres ganhavam 37% menos se comparado aos colegas homens no mesmo cargo. Já na edição de 2022, surpreendeu ao confirmar como apenas cinco países, dentre os 146 avaliados, alcançaram uma pontuação superior a 0,8 no critério avaliado da igualdade salarial para trabalhos equiparáveis: Albânia (0,845), Burundi (0,840), Argélia (0,812), Islândia (0,812) e Singapura (0,805).
O Brasil, infelizmente, obteve uma nota de 0,559, posicionando-se na 117ª colocação dentre as quase 150 nações analisadas. “Um levantamento do Banco Mundial, publicado em 2018, aponta como a redução das disparidades salariais entre os gêneros pode impulsionar a economia dos países em 3,3 pontos percentuais. Estudos têm demonstrado como pode tornar economias mais fortes e resilientes, com maior produtividade, inovação e crescimento”, comenta Mariana Saroa de Souza, advogada de Direito Trabalhista no Marcos Martins Advogados.
De acordo com o Banco Mundial, a pauta é legalmente estabelecida em 97 nações, entretanto, transformar essa legislação em prática efetiva é um desafio em muitas regiões. Em um relatório recente sobre esse tópico, a instituição ressalta como a implementação deficiente e a ausência de fiscalização continuam a representar obstáculos significativos para o progresso das garantias e das oportunidades delas.
A partir do dia 3 de julho, o Brasil deu um passo significativo ao se juntar ao rol de países, refletindo na Lei nº 14.611/23 com novas diretrizes para o Artigo 461 da CLT ampliar as medidas para prevenir e combater atos discriminatórios no ambiente laboral. “As companhias com 100 ou mais empregados terão de publicar semestralmente seus relatórios de transparência, observando, inclusive, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709, de 2018), a fim de viabilizar a fiscalização contra a discriminação salarial”, ressalta Mariana.
O impacto dos movimentos sociais
A Forbes conduziu uma análise das profissões mais sexistas, e surpreendentemente, a profissão de caminhoneiro se classificou em décimo lugar. Enquanto isso, as posições de assessor de investimento pessoal e traders de ações e commodities lideram a lista, ocupando, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares.
Uma década após, as estatísticas continuam desafiadoras: em 2023, as mulheres representam apenas 23% dos CPFs registrados na B3 e ocupam uma parcela de apenas 11% dos cargos de titulares de CFA em território nacional. “A parte mais difícil do desafio não está no desenho institucional, mas sim na organização social, no modo de ver o mundo e o papel de homens e mulheres nele”, aponta Itali Collini, economista, investidora Anjo e diretora da Potencia Ventures.
Durante esse período, presenciamos o surgimento da quarta onda do movimento feminista, caracterizada por ações em prol de condutas trabalhistas éticas, direitos parentais, combate ao assédio e violência sexual, e pela ampla utilização das redes sociais para mobilizar essas demandas. Por outro lado, no setor financeiro, bancos e associações têm movimentado programas como o YouWin e o Dn’A Women, com o objetivo de incrementar a contratação de jovens e capacitá-las para ocupar cargos de liderança.
Fica nítido, portanto, a importância da conscientização sobre a realidade brasileira e seus impactos na vida de cada um. Afinal de contas, os movimentos sociais podem ser determinantes para alcançar uma mudança efetiva nas mais variadas esferas. “Independente de quantas ondas de feminismo criarmos ou quantas políticas conseguirmos aprovar em sociedade ou corporações, se a mentalidade e a cultura das pessoas não mudarem no mesmo ritmo estaremos sempre enxugando gelo em relação à equidade de gênero”, ressalta Itali.
A conscientização é a chave!
Em um mundo cada vez mais interconectado e consciente das questões sociais, o mercado de trabalho enfrenta desafios cruciais para permanecer relevante e inclusivo. Como nunca, organizações estão reconhecendo a relevância de se alinharem com as pautas para atender às expectativas dos funcionários e clientes e garantir um futuro sustentável. Por essa razão, a diversidade no espaço laboral não é mais apenas uma tendência, mas uma necessidade vital.
Nesse sentido, os consumidores também estão se tornando mais atentos na hora de demonstrar compromisso com a pluralidade e a inclusão. Não obstante, empreendimentos líderes estão adotando abordagens proativas para abordar críticas, como igualdade de gênero, inclusão racial, sustentabilidade ambiental e justiça social. Isso vai além da mera retórica, pois envolve a implementação de políticas e práticas das quais efetivamente promovam mudanças positivas.
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